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Fome e pandemia

Os preços dos alimentos continuam subindo. Em setembro pelo segundo mês consecutivo, atingiu o maior pico dos últimos 10 anos.

O Índice de preços de alimentos da FAO sobe 1,2% a cada mês com condições de oferta restritas e enorme demanda por alimentos básicos.

O aumento dos preços foi impulsionado pela alta demanda de cereais como o trigo e óleos vegetais, disse a agência de alimentos da ONU nesta quinta-feira.

O índice de preços de alimentos da Food and Agriculture Organization, que acompanha os preços internacionais das commodities alimentícias mais negociadas globalmente, teve média de 130 pontos no mês passado, a maior leitura desde setembro de 2011, de acordo com dados da agência.

A FAO também observou que, em uma base anual, os preços subiram 32,8% em setembro em relação a 2020.

A pandemia da fome continua matando em proporções jamais vista, só neste ano até o dia de hoje morreram quase 9 milhões de pessoas de FOME e pelo jeito esse número só irá aumentar.

É justamente essa necessidade de vida e liberdade que empurra constantemente milhões de pessoas a se arriscar, a se aventurar, a explorar, a inovar. Quem diria que no Brasil veríamos nossos patriotas lutando para sobreviver catando tudo, desde pés de galinha para fazer caldo para a família ou implorar por ossos em açougues, para consumir um alimento mais nutritivo.

Trata-se de um instinto primário – uma espécie de síndrome da Rainha Vermelha – que permite que nossa espécie não vegete em um estado de imobilidade mortal como bem disse John Stuart Mill.

Beth Passos

Jornalista

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