As redes sociais, influenciaram as mudanças, continuam a fazê-lo e o maior dilema, inclui as redes que formamos, também, independentemente de tecnologia, baseadas em interações ao vivo e formatadas pelo “algoritmo” da pseudo casualidade das cidades. O maior dilema é enfrentar a resistência que todas as pessoas têm em encarar as coisas sob novas perspectivas. Novas perspectivas nem são para “mudar” a forma como as pessoas veem. Elas apenas servem para colocar pulgas atrás das nossas orelhas. Para dar uma coçadinha na cabeça e tentar virar a chave cognitiva de vez em quando. Mas o ser humano, inclusive os cachorros, têm preguiça de se mover um passo, que seja, para o novo. E assim, do conforto de suas teimosias, seguem analisando tudo do mesmo modo. Seguem preferindo olhar a vida toda da mesma confortável perspectiva que têm de suas poltronas “do papai”. E la nave va. E meu dilema sempre é: vale a pena gastar mais um pouco de saliva ou dedo, e meu tempo, tentando dar uma viradinha, de meros 6 graus muitas vezes, nas poltronas das pessoas? Realmente, não sei. Pois a maioria apenas desvira a poltrona do movimento e diz: “eu já sei o que você está querendo me mostrar” e desveem o que viram naquele átimo de tempo. Esse é verdadeiro dilema das redes e da vida.
Sigo desafiando! Apenas porque é da minha natureza querer que todos possam ver através de perspectivas mais amplas. E tudo vale a pena quando acontece de encontrar alguém ou algo que também amplia a minha própria perspectiva. Daí acaba o dilema, por um bom tempo respiro esperança.
Beth Passos
Jornalista