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Miscelânea da Política Partidária Brasileira!!

A política partidária brasileira é o protótipo da política em que “os fins justificam os meios”, isto é:  vale tudo, vale o que quiser quando o alvo é a conquista do poder.

Alias essa premissa de alcançar e conservar o poder a qualquer preço se renova a cada ano que passa com mais volúpia. Não importa o quão mediocre seja o mandato, que exercem, querem continuar com seus mandatos ordinários,  num nó que não desata nunca!  É um modelo de política, em cujas entranhas, ou bastidores, os padrões éticos representados na virtude da sabedoria, da coragem, da moderação e da justiça, não estão presentes. À primeira vista, pode parecer leviana essa afirmação, contudo basta uma simples olhadela, por exemplo, nas seções da “CPI da Pandemia” para constatar a veracidade dessa assertiva.

Comissão Parlamentar de Inquerito (CPI) criada para investigar os descasos do poder central e seus supostos “crimes” nas decisões que envolvem ou envolveram o tratamento de milhões de pessoas acometidas por esse vírus maldito. Pois bem ou mal, debaixo da presunção do poder transitório instituido, suas excelências, os senhores senadores, notadamente os que presidem a CPI, não admitem qualquer mera palavra que exale o que eles entendem como ofensa. Outro dia fizeram um escaceu porque um depoente, errada e discriminadamente, disse que uma senadora estava “descontrolada”. No entanto,  é público e notório, que as reuniões da CPI da Covid, não raras vezes, é  um total descontrole… total, total, total, diria aquele antigo personagem do programa de humor “o gordo” do Jô Soares, que vendia produtos pirateados advindos do Paraguai. Num desses momentos de descontrole, o relator, Senador Renan Calheiros (MDB/AL), apos proferir uma série de impropérios contra o senador Jorginho Mello (PL/SC) partiu  para a agressão física, não consumando sua intenção simplesmente porque foi contido. E aí: Não era ocasião para fazer valer o tal “decoro parlamentar”? Afinal de contas, houve um bate-boca! Bate-boca, na melhor expressão do termo é uma discussão agressiva, troca de palavras ásperas, etcetera e tal: mistura de várias coisas, saco de gatos, confusão.  Enfim!!

Outra coisa que salta aos olhos do povão é essa mistura ou miscelânea, acordos entre uns e outros partidos, do tipo que presenciamos agora na fusão do DEM  e PSL, fundiram-se num só “partido” sob o nome “União Brasil”. Nem fui ver se há alguma compatibilidade e/ou quais são as incompatibilidades encontradas nos anais dos “programas” destas, agora, extintas siglas partidárias.

Tal incoerência e amálgama partidário nos faz lembrar uma máxima folclórica, que em nível de política foi ressuscitada, em dias pretéritos, pelo falecido senador Jefferson Peres (1932-2008) político dos mais honrados, que certa vez, ao participar duma CPI, dentre tantas, vividas por ele no Congresso Nacional, diante das tremendas “enroladas” dos envolvidos, saiu-se com essa: Isso aqui está parecendo “samba do crioulo doido.”

 

HUMANISTA. E-mail: assisprof@yahoo.com.br

 

‘Bate-boca, na melhor expressão do termo é uma discussão agressiva, troca de palavras ásperas, etcetera e tal: mistura de várias coisas, saco de gatos, confusão.  Enfim!!”

 

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