Mais de 48 médicos efetivos e provisórios, além dos integrantes do programa Mais Médicos, que atuam na rede de atenção básica de Rio Branco, cruzaram os braços desde às 7h da manhã desta segunda-feira, 8, em greve pela reestruturação do Plano de Cargo, Carreira e Remuneração (PCCR) que, segundo os profissionais, está congelado há oito anos. Eles estão concentrados na sede do Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC) enquanto aguardam uma contraproposta da prefeitura.
Segundo o Sindmed, a mobilização foi decidida depois de meses de tentativas de negociação com a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), que, até o momento, não apresentou resposta para as demandas da classe. Duas reuniões foram desmarcadas pelos gestores da Prefeitura buscando protelar a negociação.
Na última quinta-feira, 4, Rodrigo Prado, presidente em exercício do Sindmed, apresentou as demandas aos vereadores da capital na Câmara Municipal de Rio Branco e esclareceu que o salário base de um profissional chega a R$ 1,8 mil, sendo complementados por “penduricalhos”. A proposta principal é a incorporação das gratificações e a correção atrelada à inflação.
“As legislações federal, estadual e municipal obrigam o gestor a corrigir as remunerações, mas a prefeitura tem ignorado a lei. Eles ainda realizam um processo seletivo para contratação provisória, o que é ilegal, impondo a extinção da carreira, o que prejudica a população que fica sem assistência”, protestou o sindicalista.
Por meio de sua assessoria, a prefeitura de Rio Branco informou que irá se posicionar em breve.
Veja também: ‘Ilegal’, diz secretário municipal de Gestão Administrativa sobre greve dos médicos em Rio Branco