Imagens captadas por uma câmera de segurança mostram o momento em que o estudante de Medicina Flavio Endres Ferreira, 30 anos, é agredido, inicialmente, pela sargento da Polícia Militar do Acre Alda Nery. Ele tenta se defender e fugir, mas as imagens revelam que ele acaba sendo perseguido para o lado de fora do estabelecimento, onde acabou sendo alvejado com pelo menos dois tiros. A confusão ocorreu na noite do último sábado (27) em Epitaciolândia, interior do Acre.
As novas imagens divulgadas corroboram o depoimento da equipe que fazia a segurança no local no dia da confusão. Um dos seguranças alegou que o sargento acusava o grupo que estava na mesa ao lado de olhar incessantemente e de forma desrespeitosa para a mulher dele, mas mesmo tentando acalmar o sargento, ele continuava “alterado”.
A equipe de segurança afirma ainda que houve um desentendimento entre o sargento e Alda, que teria agredido o próprio marido com alguns tapas no rosto e, novamente, o segurança precisou intervir e pedir que acabasse a briga. Neste momento, o estudante Flavio supostamente teria ficado observando a confusão, o que teria incomodado a sargento Alda Nery, que chegou a perguntar o que o estudante estava olhando. Ela, então, partiu para cima do estudante e teria dado um tapa na orelha dele, que revidou a agressão com um soco na militar.
Ao perceber a situação, o sargento Erisson Nery tentou bater no estudante, mas foi impedido pelos seguranças e a briga terminou ao lado de fora do bar onde o grupo estava.
Na segunda-feira, 29, o sargento Erisson Nery, da PM/AC foi preso preventivamente em Epitaciolândia e será transferido para o Batalhão de Policiamento Ambiental, em Rio Branco. A delegada que conduz o inquérito policial que investiga o caso, Carla Ívane, ouviu até o momento, 18 testemunhas e também está analisando as câmeras internas do bar em que a confusão se iniciou.
PM apura infração disciplinar
Erisson ficou conhecido em nível nacional ao assumir um relacionamento a três – ou seja, um trisal – com a mulher, também sargento da PM, Alda Nery, e a administradora Darlene Oliveira. O trio vive em Brasileia.
Em nota, a Polícia Militar informou que está apurando disciplinarmente os fatos e tomará as medidas disciplinares pertinentes e que a apuração criminal caberá à Polícia Civil.
De acordo com a Polícia Militar, todas as armas institucionais que eles tinham cautela foram recolhidas há um mês, o que implica dizer que a arma utilizada no crime não pertence à Polícia Militar. O recolhimento das armas se deu porque Alda está de licença especial por recomendação da policlínica e Erisson está com atestado de 60 dias de um psiquiatra.
Sargentos estavam afastados
De acordo com a Polícia Militar, todas as armas institucionais que eles tinham cautela foram recolhidas há um mês, o que implica dizer que a arma utilizada no crime não pertence à Polícia Militar. O recolhimento das armas se deu porque Alda está de licença especial por recomendação da policlínica e Erisson está com atestado de 60 dias de um psiquiatra.