Com a filiação ao Podemos e provável candidatura do ex-juiz e ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, à Presidência da República, as lideranças da sigla no Acre estudam a possibilidade de ter candidaturas majoritárias próprias nas eleições de 2022 ao governo e/ou ao Senado.
A notícia foi dada pelo deputado estadual Fagner Calegário, líder do partido na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), a fazer uso da palavra na tribuna durante a sessão desta quarta-feira, 17.
“Com a filiação de um possível candidato a presidente da República, quero dizer aqui que nos foi dada a missão, pela direção nacional, para que o Podemos comece a trabalhar a possibilidade de em 2022 lançarmos candidaturas ao Governo e Senado aqui no Acre”, disse ao comemorar a filiação de Moro.
Calegário informou ainda que acompanhou em Brasília, o evento de filiação ocorrido na semana passada, quando, segundo ele, teve a oportunidade de conversar com as lideranças nacionais e defende a candidatura do Podemos como terceira via em oposição ao PT e a Bolsonaro. “É natural que agora busquemos um palanque nos estados e no Acre não poderia ser diferente.”, acrescentou.
Na Aleac, a bancada do Podemos tem três deputados estaduais que fazem parte da base do governo Gladson Cameli (PP) no Legislativo estadual. Além de Calegário, são do partido Chico Viga e Neném Almeida.
O possível nome para a disputa majoritária ainda não está definido. “O que estamos fazendo agora é analisando todas as possibilidades diante desse nova missão”, informou Calegário, perguntado pela reportagem do site A Gazeta do Acre.
No entanto, o presidente do diretório regional é o ex-deputado Ney Amorim, que disputou pelo PT uma das duas vagas ao Senado, nas últimas eleições estaduais. Na ocasião, ele compunha a chapa com o ex-governador e ex-senador Jorge Viana, que ficou em terceiro lugar com 117.200 votos, perdendo para Sérgio Petecão (PSL) e Márcio Bittar (MDB), que foram o eleitos.
Também indagado pela reportagem de A Gazeta do Acre, Ney Amorim não negou e nem descartou a possibilidade de disputar novamente uma candidatura majoritária em 2022, podendo ser o nome do Podemos no Acre nessa atual conjuntura. “Aproveito para pedir o seu voto”, disse.
Nas eleições de 2018, ele obteve 115.243 votos, ficando em quarto lugar para o Senado, tendo sido mais votado que Minoru Kinpara, que, naquela ocasião, concorria pela REDE e obteve 112.989 votos.