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Com aumento de 876,2% no número de casos, Acre lidera incidência de Zika Vírus no Brasil

O Acre apresenta a maior variação no aumento de casos de zika dentre todos os estados brasileiros, é o que aponta o Ministério da Saúde (MS). Segundo levantamento do MS, o Estado saiu de 21 casos em 2020 para 205 em 2021, o que representa um aumento de 876,2%.

Entre as principais arboviroses de circulação urbana, dengue, zika e chikungunya, zika foi a única que não registrou óbitos em 2021. Ao todo, foram registrados 5.710 casos prováveis em todo o Brasil, uma queda de 17,6% em comparação com o mesmo período de 2020 no país. Porém, as únicas regiões que registraram aumento no número de casos de zika, em relação ao ano anterior, foram as regiões Norte (28,3%) e Sul (36,6%).

Para atenuar a incidência dos casos e mobilizar a sociedade sobre a importância de manter uma rotina de cuidados em relação ao mosquito vetor, o Ministério da Saúde lançou, nesta terça-feira (30), a campanha “Combata o mosquito todo dia”, que tem como objetivo evitar surtos e epidemias das doenças causadas pelos arbovírus.

No Acre, Márcia Andréa Morais, chefe do Núcleo de Transmissão Vetorial da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) pontua que não houve aumento de casos, mas sim melhora no sistema de monitoramento.

“Nós melhoramos o nosso sistema de monitoramento. Estamos acompanhando de perto os resultados de exames laboratoriais onde são feitos os diagnósticos que entraram no sistema suspeitos de dengue, cujo resultado para dengue deu negativo, então quando entra como dengue e dá negativo, o Lacen automaticamente envia para triagem e faz um diagnóstico diferencial para testar zika, chikungunya… então o que melhorou foi a nossa sensibilização em estar monitorando estes resultados laboratoriais”, explicou.

Números gerais

No caso da dengue, o Brasil registra tendência de queda no número de casos e óbitos em 2021 em comparação com o ano anterior. Até novembro, foram notificados 494.992 casos, o que representa uma queda de 46,6% em comparação com o mesmo período de 2020, que registrou 927.060 casos. Já o número de óbitos pela doença apresenta uma redução de 62% dos óbitos confirmados. Em 2021 foram 212, enquanto 2020 registrou 564 óbitos.

Com relação aos casos e óbitos pela chikungunya o número de casos aumentou em 2021, diferente do número de óbitos que caiu 64%. Este ano, foram registrados 90.147 casos e 10 óbitos em todo o País. Todas as regiões apresentaram aumento nas notificações em comparação com o ano de 2020, sendo a Região Sudeste a com maior incidência. Os três estados que mais registraram casos da doença foram Pernambuco (29,7 mil), São Paulo (18,1 mil) e Paraíba (9 mil), respectivamente.

Ações para combate ao mosquito

Cuidados contra o mosquito Aedes Aegypti começam em casa (Foto: Arquivo)

Ações simples podem ajudar no combate ao mosquito Aedes aegypti e o segredo está nos cuidados com os diferentes ambientes, principalmente no quintal de casa. Toda comunidade precisa estar ciente que é papel de todos evitar a proliferação do Aedes aegypti.

Entre as medidas que podem ser adotadas estão: evitar água parada em pequenos objetos, pneus, garrafas e vasos de planta; manter a caixa d’água sempre fechada e realizar limpezas periódicas; vedar poços e cisternas; descartar o lixo de forma adequada. Os gestores devem também reforçar a limpeza urbana, promover ações educativas nas escolas e estimular ações conjuntas entre diversos setores como saúde, educação, saneamento e meio ambiente, segurança pública, entre outros.

*Com informações do Ministério da Saúde

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Agnes Cavalcante: