O artista plástico acreano Dinildomar das Chagas de Moura, de 54 anos, conquistou mais um prêmio internacional. O riobranquense ganhou medalha de prata em uma competição de desenhos animados e pintura em pedra, realizado no mês de novembro, pelo Comitê Oficial de Preservação do Patrimônio Cultural Mundial e pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), na cidade de Guangxi, na China.
Moura disputou o torneio com mais de 350 artistas de 40 países. “Essa competição aconteceu em Huashan, um vilarejo cercado de montanhas, reconhecido pela Unesco como o 49º Patrimônio Cultural Mundial da Humanidade. O anúncio dos vencedores foi dado por um comitê de Artes formado por um júri de seis especialistas, mundialmente reconhecidos. Fico feliz pelo reconhecimento do meu trabalho”, destacou Dinildomar.
O artista ressaltou que a obra de sua autoria, premiada na competição, expressa os festejos na Ásia em meio à onda da pandemia do novo coronavírus. “Tentei mostrar através dos balões chineses, que são uma tradição milenar, e por ser o ano do touro no calendário chinês, tudo o que está acontecendo no mundo com a propagação da Covid-19. Ilustrei o desenvolvimento da humanidade, a lida com as dificuldades desde a descoberta da roda, até os dias atuais como os cientistas e as vacinas no combate ao vírus”.
Natural de Rio Branco, Dinildomar falou sobre como começou sua paixão pela pintura. “Sempre desenhei muito. Quando estudava no SENAI aos 14 anos, tomava café e almoçava com o dinheiro que ganhava vendendo os retratos que fazia de pessoas comuns nas imediações daquele estabelecimento. Mas, fui descoberto como artista pelo professor de artes Péricles Silva. Quando caminhava em frente ao antigo Palácio da Cultural, ele cruzou comigo na rua Getúlio Vargas, e, curioso, me pediu para lhe mostrar os desenhos, depois disso ele me convidou a ir até uma papelaria que ficava bem próximo, comprou seis bisnagas de tinta óleo, uma tela para pintura, quatro pincéis, e me presenteou dizendo que ia me ensinar a pintar o que eu desenhava nos cadernos a lápis, em tela”.