21 de agosto de 2025
Jornal A Gazeta do Acre

GAZETA 93,3FM Ouça agora

Sem resultados
View All Result
  • Capa
  • Últimas Notícias
  • POLICIA
  • Geral
  • POLÍTICA
  • Colunas & Artigos
    • Roberta D’Albuquerque
    • O prazer é todo meu
    • Marcela Mastrangelo
    • Beth Passos
  • Social
    • Márcia Abreu
    • Giuliana Evangelista
    • Beth News
    • Jackie Pinheiro
    • Roberta Lima
    • Gazeta Estilo
  • Publicações Legais
    • Publicações Legais
    • Comunicados
    • Avisos
    • Editais
Jornal A Gazeta do Acre

GAZETA 93,3FM Ouça agora

21 de agosto de 2025
Sem resultados
View All Result
Jornal A Gazeta do Acre
Sem resultados
View All Result
Evandro Ferreira

Evandro Ferreira

Evandro Ferreira é pesquisador do INPA e do Parque Zoobotânico da Universidade Federal do Acre (Ufac). Email: [email protected]

Terras sagradas da Amazônia

Evandro FerreiraporEvandro Ferreira
29/06/2022
A A
Manda no zap!CompartilharTuitar

Nos últimos 20 anos o entendimento da ocupação da Amazônia pré-colombiana mudou radicalmente. Não apenas nas várzeas, mas também nas terras firmes, longe dos grandes rios, a Amazônia foi intensamente ocupada, por diferentes grupos humanos.

Uma das razões dessa mudança foi a descoberta, na região de tríplice fronteira (Bolívia, Brasil e Peru) de centenas de monumentos de terra conhecidos como geoglifos.

Esses monumentos foram primeiramente observados no Estado do Acre (Brasil), próximo da fronteira com o Departamento de Pando, na Bolívia e são considerados a mais recente e dramática descoberta da arqueologia Amazônica (Dias & Carvalho, 1988; Ranzi & Aguiar, 2001 e Mann, 2008).

A revelação dos geoglifos ocorreu pelo avanço das frentes do Agronegócio sobre Amazônia. A substituição da floresta original por pastagens para criação de gado, permitiu observar monumentos de terra de formas geométricas em uma extensa área nos interflúvios dos rios Purus, Acre e Abunã.

Os geoglifos da Amazônia são representados por enormes desenhos, especialmente quadrados e círculos, mas também octógonos, hexágonos, pentágonos e conjuntos com de várias figuras. A melhor visão é obtida em sobrevoos com pequenos aviões ou balões de ar quente.

A construção desses monumentos de terra, demandaria grande número de pessoas, planejamento prévio, organização e instrumentos de trabalho. Seus construtores teriam que primeiramente imaginar o desenho e, dependendo das condições da área, definir o tamanho e fazer o traçado na superfície do terreno. A partir daí, teria início a construção de uma vala de 4 a 5 metros de profundidade, com largura de 8 a 10 metros. Toda terra escavada seria arranjada do lado externo da escavação, formando um conjunto muro-vala, com uma grande plaza interna.

Se uma aldeia estivesse estabelecida dentro do geoglifo, pela disposição do conjunto, fica descartado o uso para fins defensivos. O muro externo, antes da vala, daria vantagens para os atacantes. Para uma melhor defesa a vala deveria estar antes do muro.

Pesquisas e escavações arqueológicas a partir de 2005, lideradas por Denise Schaan e Martti Pärssinen, revelaram pouco material cerâmico e lítico. Uma das importantes conclusões dos estudiosos é de que esses monumentos geométricos seriam lugares de cultos, cerimônias e festividades.

RECEBA NOTÍCIAS NO CELULAR

Historicamente, temos informações de que os índios Araonas e Guarayos, habitantes da atual fronteira da Bolívia e Brasil, teriam deuses geométricos e seus templos construídos em pequenas áreas de campo no meio da floresta (Labre, 1888 e Schaan, 2010).

Se a hipótese de monumentos cerimoniais se confirmar, isso significa que os antigos habitantes do Estado do Acre nos legaram obras de grandes dimensões com perfeição geométrica, o que justifica denominar essa região de Terras Sagradas da Amazônia.

No livro de Ranzi & Parssinen (2021) pode-se ter uma visão desses monumentos em mais de uma centena de excelentes fotografias, registros obtidos em várias horas de sobrevoos pelo profissional acreano Diego Gurgel.

Para saber mais:

Dias, O.; Carvalho, E. 1988. As estruturas de terra na arqueologia do Acre. Série ArqueoIAB. Publicações avulsas 1, p.14-28.

Labre, A.R.P. 1888. Viagem Exploratória do Rio Madre de Diós ao Acre. Revista da Sociedade de Geographia do Rio de Janeiro, Tomo IV: 102-114.

Mann, C. 2008. Ancient earthmovers of the Amazon. Science, 321: 1148–1152.

Ranzi, A. 2021. Geoglifos do Acre – Passado Profundo. Florianópolis:  Massiambooks. 155 pp.

Ranzi, A.; Aguiar, R. 2000. Registro de Geoglifos na Região Amazônica, Brasil. Munda, 42: 87-91.

Ranzi, A.; Parssinen, M. 2021. Amazônia – Os Geoglifos e a Civilização Aquiry. Florianópolis:  Massiambooks. 203 pp.

Schaan, D. 2010. Paisagens da Amazônia Ocidental. In: Schaan, D.P.; Ranzi, A.; Barbosa, A.D. Geoglifos – Paisagens da Amazônia Ocidental. Rio Branco: GK Noronha, p. 13-17.

Mais Notícias

Arrogância

por Beth Passos
12/08/2025

Não se trata apenas de picuinha politica ou queda de braço a situação da tarifação. Até porque o governo brasileiro...

E o mundo, eim?

por Roberta D'Albuquerque
11/08/2025

Em um dos muitos trechos que grifei de meu exemplar de Luto e Melancolia, Freud escreve: “No luto, é o...

Histriônicos

por Beth Passos
07/08/2025

Ando exausta das tentativas de golpes que recebo dia sim, dia também, por telefone, WhatsApp, e-mail, Wi-Fi e sinais de...

Tava aqui pensando

por Roberta D'Albuquerque
04/08/2025

Será que quando Roberto Carlos canta “nos lençois macios, amantes se dão, travesseiros soltos, roupas pelo chão. Braços que se...

Gaza tem pressa

por Beth Passos
31/07/2025

Chocantes as imagens das crianças subnutridas em Gaza. Israel continua bombardeando e atirando, mas parece que sua arma preferida, na...

O pior do pior

por Roberta D'Albuquerque
28/07/2025

O taxista que peguei ontem, me contou que ganhou na Megasena. Concurso 2893. Os números foram 10, 40, 41, 45,...

Em tempo

por Roberta D'Albuquerque
21/07/2025

Estou em Recife. Férias! Recife é aquela coisa, né. Mesmo quando chove na praia, vale a pena ter passado protetor....

Bora, Lílian!

por Roberta D'Albuquerque
15/07/2025

Vou mudar de consultório. O dono da sala onde atendo hoje ainda não sabe. Tomara que não me leia por...

Como será contada a história?

por Beth Passos
07/07/2025

O jornalismo corporativo brasileiro perdeu (já teve?) toda credibilidade, todo e qualquer senso de humanismo que essa profissão belíssima, fundamental...

Luz, câmera e não diga não

por Roberta D'Albuquerque
07/07/2025

Perdi o sono essa madrugada e (de novo) fiz o que não se deve: peguei o telefone na mesinha de...

Mais notícias
Jornal A Gazeta do Acre

© 2022 - Todos os direitos reservados. A Gazeta do Acre

  • Expediente
  • Fale Conosco

Sem resultados
View All Result
  • Capa
  • Últimas Notícias
  • Polícia
  • Geral
  • Política
  • Colunistas & Artigos
    • Roberta D’Albuquerque
    • O prazer é todo meu
    • Marcela Mastrangelo
    • Beth Passos
  • Social
    • Márcia Abreu
    • Giuliana Evangelista
    • Beth News
    • Jackie Pinheiro
    • Roberta Lima
    • Gazeta Estilo
  • Publicações Legais
    • Publicações Legais
    • Comunicados
    • Avisos
    • Editais
  • Receba Notícias no celular
  • Expediente
  • Fale Conosco

© 2022 - Todos os direitos reservados. A Gazeta do Acre