Só quem vai ao mercado com frequência sabe o alto valor que custa uma feira simples para o mês. Pensando em tal situação e na condição de famílias carentes de Rio Branco, o Programa Amigos Solidários criou o projeto “R$10 alimentam uma multidão”. A campanha consiste em arrecadar doações de R$10 para realizar as compras do mês de uma família.
O projeto iniciou em dezembro e Dona Graça, catadora de lixo, foi a primeira contemplada. Ela, que vive no bairro Tucumã com seu filho e sua mãe foi abordada por Derineudo dos Santos, diretor do Programa, enquanto trabalhava catando material reciclável.
“Ela ficou muito feliz e disse que ia ter alimento para três meses. Acredito que tem muitas famílas que, para elas, ir ao mercado hoje é um sonho bem distante e nós prodemos aproximá-las desse sonho. Existem muitas pessoas precisando de muito alimento”, relata Derineudo.
Ele explica que, por enquanto, a ideia é beneficiar uma família com uma feira de R$700 a R$800. Em caso de receber mais dinheiro, o Programa irá comprar cestas básicas para outras famílias. ” Não temos meta de famílias, mas quanto mais alimentos melhor. Conforme vá crescendo podemos dobrar a quantidade de famílias, vai de acordo com o crescimento da campanha. Essa senhora nós encontramos na rua. Vamos em busca de uma família, seja num bairro específico, na rua ou indicações”, explica.
Para participar do projeto basta realizar a doação pelo pix do Programa Amigos Solidários, no CNPJ:30471045000105.
Programa Amigos Solidários
O Programa Amigos Solidários começou em 2015, por meio da família de Derineudo, pelo exemplo do pai, Bartolomeu, que desenvolvia uma ação chamada Família Musical. No projeto, o pai ensinava música para os sobrinhos, os filhos e o grupo se apresentava em escolas, praças, entre outros lugares.
“Com o tempo surgiu o Amigos Solidários, quando eu e a minha esposa tivemos a iniciativa de entregar cestas básicas no [bairro] Caladinho [em Rio Branco/AC], e fomos lá entregar sete brinquedos, só não sabiamos que era suficiente apenas para a entrada no bairro, porque havia cerca de 30 crianças aguardando, naquele momento foi uma situação mais desagradável do que prazerosa, porque a gente vendo aquela realidade tantas crianças querendo brinquedos, a minha esposa se emocionou, mas a gente entregou assim mesmo”, relembra Derineudo.
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