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Após reajuste, condutores pagam quase R$ 12 pelo litro da gasolina no interior do Acre

Foto tirada pelo leitor Kézio Araujo e enviada à GAZETA DO ACRE mostra o preço do combustível nesta sexta, 11 de março

Em todo o Brasil, condutores estão sofrendo com o mais novo aumento nos preços da gasolina, do diesel e também do gás de cozinha, anunciado pela Petrobras na quinta-feira, 10, em vigor já a partir desta sexta-feira, 11. Na cidade de Jordão, interior do Acre, a população chega a pagar R$ 11,56 por cada litro de combustível.

No Diesel S10, a diferença de preço não é muito diferente. O litro chega a custar R$ 11,16, enquanto o gás de cozinha é comercializado, em média, a R$ 145, um dos valores mais altos do país.

Em Jordão, além do novo preço dos combustíveis, o principal problema enfrentado pela população é que, logo após o anúncio de reajuste, os moradores correram para o único posto da cidade para encher os tanques, o que gerou a falta do combustível sem previsão de reposição.

Conforme levantamento da Agência Nacional de Petroleo, antes do reajuste os acreanos pagavamm, em média, R$ 7,38 pelo litro da gasolina, enquanto para o diesel, o valor médio era de R$ 6,76. Já o gás de cozinha era comercializado a um preço médio de R$ 120 reais, .

Efeitos da guerra

Conforme a Petrobras, apesar da disparada dos preços do petróleo e seus derivados em todo o mundo, nas últimas semanas, como decorrência da guerra entre Rússia e Ucrânia, a Petrobras decidiu não repassar a volatilidade do mercado de imediato, realizando um monitoramento diário dos preços de petróleo.

Segundo a Petrobras, após serem observados preços em patamares consistentemente elevados, tornou-se necessário que a Petrobras promova ajustes nos seus preços de venda às distribuidoras para que o mercado brasileiro continue sendo suprido, sem riscos de desabastecimento, pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobras.

Adicionalmente, a redução na oferta global de produto, ocasionada pela restrição de acesso a derivados da Rússia, regularmente exportados para países do ocidente, faz com que seja necessária uma condição de equilíbrio econômico para que os agentes importadores tomem ação imediata, e obtenham sucesso na importação de produtos de forma a complementar o suprimento de combustíveis para o Brasil.

O Sindicato dos Postos de Combustíveis do Acre (SINDEPAC) também se manifestou sobre os aumentos. Por meio de nota, disse que está atento a situação dos preços dos produtos. Ocorre que houve um aumento nos estabelecimentos locais em virtude do reajuste aplicado pela Petrobras. Os efeitos da guerra entre Rússia e Ucrânia atingem todos os países, inclusive o Brasil.

“O petróleo está com um barril custando mais de 100 dólares na cotação internacional, o que encarece o produto de uma maneira geral. Todavia, os reajustes foram aplicados pela Petrobras na sexta-feira, 11. Cientes dos aumentos, alguns Postos tentaram comprar os produtos de algumas Distribuidoras até ontem, com objetivo de manterem o preço sem o reajuste, por um período. O problema é que algumas Distribuidoras só faturaram o combustível nesta sexta-feira já com o aumento, conduta essa desaprovada pelo SINDEPAC e toda revenda no Estado do Acre. O fato ocorreu tambem em outros Estados do Brasil. Por tal razão, os preços nas bombas já sofreram o reajuste. O Sindepac, por meio da Assessoria Jurídica, vai acionar os meios legais para reaver essa situação, bem como o Conselho Administrativo de Defesa Econômica, o Cade”, diz a nota.

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Agnes Cavalcante: