Nesta segunda-feira, 21 de março, é comemorado o Dia Internacional da Síndrome de Down. A data, celebrada na Brasil desde 2006, foi criada para reforçar a necessidade de inclusão e acessibilidade deste público em todas as esferas da sociedade, em igualdade de condições com os demais.
Foi o que aconteceu com Rayssa Braga de Menezes, 28 anos, a primeira pessoa com Down a conquistar um diploma na Universidade Federal do Acre (Ufac). A jovem se formou em Educação Física no dia 22 de fevereiro deste ano. Ela demostrou que não existem obstáculos quando se quer alcançar um sonho, mesmo com adversidades.
No Brasil, a presença de pessoas com Síndrome de Down no ensino superior ainda é escassa. De acordo com o Movimento Down, dentre as mais de 300 mil pessoas com a condição genética, cerca de 74 mil alcançaram êxito e concluíram uma graduação.
“Hoje é uma data muito importante, mesmo sabendo que o preconceito ainda existe. Todos devem entender que eles também fazem parte da sociedade, seja na escola, no mercado de trabalho, até no ambiente familiar. A Síndrome de Down não pode ser tratada como uma doença. A comemoração traz várias reflexões, uma delas é mostrar que há muito mais semelhanças do que diferenças”, salientou Cecília Lima, presidente da Apae Rio Branco.
Sobre a data
O Dia Internacional da Síndrome de Down foi proposto pela associação europeia Down Syndrome International, em 2006, e faz alusão às três cópias do cromossomo 21, que é característico das pessoas com Down. Oficializada em 2011 pela Organização das Nações Unidas (ONU), e celebrada em 193 países, a data destaca a necessidade de informar e conscientizar a sociedade para que haja mais políticas públicas de inclusão, garantia de direitos sociais e respeito a esse público.