Foi solto na última quinta-feira, 28, o jovem Lucas Oliveira, de 26 anos, que estava preso desde dezembro de 2021 acusado de jogar a namorada de um carro em movimento. Ele teve o pedido de liberdade concedido pela Justiça e deixou a Unidade de Regime Fechado 1 de Rio Branco, a UP-4.
Na época dos fatos, uma câmera de segurança flagrou a ação, que foi registrada no dia 26 de dezembro, mas só repercutiu dois dias depois. Logo após sair da prisão, o suspeito postou vídeos e fotos em uma rede social, onde diz: “Depois de 119 dias longe de casa, ser recebido dessa forma não poderia ter sido melhor”.
A GAZETA não conseguiu contato com a defesa de Lucas.
Entenda
No dia 22 de abril, o juiz Alesson Braz, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, negou um pedido de prisão domiciliar feito pela defesa do acusado, que sustentava que Lucas Oliveira sofreu um acidente em 2015 e que precisava do uso de sonda para fazer cateterismo vesical intermitente quatro vezes ao dia.
O Ministério Público se posicionou contrário ao pedido de prisão domiciliar e solicitou que o preso tivesse assistência médica na unidade prisional. Para o juiz Alesson Braz, a substituição da prisão preventiva não se justificava e o uso da sonda não se enquadrava em doença grave e sim em sequela de acidente.
Na época do pedido, portanto, o magistrado indeferiu a solicitação e determinou que o acusado usasse a sonda fora da cela em que se encontrava recluso, podendo ser na Unidade Básica de Saúde do presídio ou em outro local salubre em que o Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) consideresse seguro.
Em fevereiro, o acusado já tinha tido um pedido de revogação da prisão preventiva negado pela Justiça. Na época, a defesa alegou que o réu é primário, tem bons antecedentes e possui deficiência permanente, que precisa de tratamento.
Em 27 de janeiro, a Polícia Civil confirmou que finalizou o inquérito que apurava a acusação de Emely Juliana contra o então namorado. Como o processo corre em segredo de Justiça, não houve detalhamento acerca das conclusões.