Familiares do mecânico de voo Jorge da Silva Figueiredo, de 63 anos, um dos sete sobreviventes de um acidente envolvendo um helicóptero, no último dia 8, em uma área de mata, em Cruzeiro do Sul, interior do Acre, procuraram a reportagem do site A GAZETA para fazer um apelo. A família, assim como o mecânico, é natural do Rio de Janeiro e, angustiada com a distância e a dificuldade de prestar apoio ao parente, pede que Jorge, que sofreu queimaduras de segundo grau, além de lesão na coluna, seja transferido para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ou para uma ala exclusiva para pessoas com queimaduras.
“O meu pai está em uma enfermaria de trauma, sem curativo e sem o colar cervical para proteger a lombar, sendo que meu pai deveria estar em uma UTI. Hoje à noite, uma tia irá para Rio Branco, pois a empresa [que ele presta serviço] se disponibilizou a dar o apoio necessário, mas ele precisa de uma UTI ou de uma ala de queimados para não correr o risco de contaminar essa queimadura”, disse a filha do mecânico, Daniele Figueiredo.
Em Rio Branco, desde a última terça-feira, 10, após ser transferido para o Pronto-Socorro da capital, por meio de uma UTI aérea, ele deve passar por uma cirurgia para correção de fratura na coluna. No entanto, para que isso aconteça, ele precisa, inicialmente, ser tratado quanto às queimaduras, o que deve levar, aproximadamente, 10 dias, conforme apurado pela reportagem junto à equipe médica.
Paciente será submetido a procedimento
Procurada, a direção do Pronto-socorro da capital informou que o paciente segue aos cuidados da neurologia e cirurgia geral. E reforçou que “o procedimento da neurologia só pode ser realizado após melhora das queimaduras”.
Além disso, a direção confirmou que Jorge irá realizar, ainda nesta quinta-feira, 12, o debridamento, um procedimento importante para retirada de tecido morto, que contribui para a recuperação do paciente com queimaduras.