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Jornalista Elson Martins publica livro ‘Acre: Um Estado de Espírito’

Após uma vida dedicada ao jornalismo e experiências dignas de serem partilhadas, o jornalista Elson Martins, 83 anos, publicou a livro “Acre: Um Estado de Espírito”. A obra autoral reúne algumas das crônicas, reportagens e entrevistas produzidas ao longo de sua trajetória profissional.

Os livros já estão disponíveis para compra (Foto: Arquivo Pessoal)

Na Livraria Paim, em Rio Branco, os leitores interessados já podem adquirir os exemplares do primeiro livro escrito por Elson Martins. O coquetel de lançamento está previsto para os próximos dias.

“O livro é um pequeno volume com textos já publicados em jornais e revistas num tom pessoal e/ou amazônico. Por isso chamei de folhetim espiritual e pessoal, também porque me apresento nele para um provável público novo. Se der certo, ou seja, se esse público gostar, posso escrever outro mais denso”, disse.

Ao site A GAZETA, Elson revelou que pretende lançar pelo menos outros quatro livros. Uma das obras vai rememorar a história do jornal Varadouro — uma das mais importantes experiências da imprensa alternativa do país na década de 70, com publicações até dezembro de 1981. Ao todo foram 24 edições, editadas e idealizadas pelos jornalistas Elson Martins e Silvio Martinello, com diversos colaboradores. O veículo surgiu no calor do conflito dos anos 1970, entre grandes latifundiários e fazendeiros no Acre contra pequenos extrativistas remanescentes da época dos seringais. 

O jornalista Elson Martins é exemplo de reconhecido por seu profissionalismo e ética. Lutou contra a ditadura e teve papel importe na história do Acre

Outra importante obra a ser produzida e publicada será a sua autobiografia. Elson Martins é um jornalista acreano, nascido no Seringal Nova Olinda, Alto Rio Iaco, em Sena Madureira. Viveu em Rio Branco (AC), Belém (PA), Macapá (AP) e Belo Horizonte (MG). Na capital mineira, começou seus estudos em Jornalismo. Retornou à Amazônia, para Belém, em 1969, como membro da Ação Libertadora Nacional (ALN), mas como não concordava com a ideia de que era preciso iniciar uma guerrilha, acabou se desligando da organização.

Em 1975, retornou para o Acre e passou a escrever para o jornal O Estado de S. Paulo. Cobriu os conflitos entre seringueiros e latifundiários. “Foi nessa época que eu realmente fiz o meu curso de jornalismo, complementado com O Varadouro e outros jornais que trabalhei”, destacou.

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