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Ashaninkas pedem providências na resolução do desaparecimento do jornalista britânico e indigenista

Os Ashaninka da comunidade Apiwtxa, situada na Terra Indígena Kampa do Rio Amônia, interior do Acre, se manifestaram sobre o desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e jornalista inglês Dom Phillips. As lideranças também cobram uma ação do governo federal na elucidação do caso.

O jornalista esteve em maio na Terra Indígena Ashaninka (Foto: Reprodução Instagram)

Em maio deste ano, Dom Phillips visitou a Apiwtxa para conhecer de perto o protagonismo e sucesso dos Ashaninka em proteger sua terra, das artes e trabalho artesanal, da maneira de viver, e da sua cultura. Em suas redes sociais, as lideranças pediram “Justiça por Dom e Bruno”.

“Meu desejo é que o Estado Brasileiro aja! E caso tenha acontecido algo mais grave, que é o que a gente não quer, que os autores sejam responsabilizados e punidos exemplarmente. Não podemos aceitar que lideranças que dão voz à situação que estamos enfrentando na Amazônia sejam perseguidas”, afirmou Francisco Piyãko.

O presidente da Associação Apiwtxa, Wewito Piyãko, pediu mais agilidade dos governos e governantes. “Eu espero que o governo federal tome as providências cabíveis para fazer o máximo para encontrá-los e que os responsáveis, caso haja, sejam responsabilizados”, disse.

O indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips despareceram no domingo (5) no Vale do Javari, perto da fronteira com o Peru. Na manhã desta segunda-feira, 13, a esposa do jornalista, Alessandra Sampaio, disse que os corpos dele e do indigenista haviam sido encontrados. Entretanto, a Polícia Federal e associação indígena que denunciou negam a informação repassada por Alessandra.

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Maria Meirelles: