A Executiva do União Brasil no Acre homologou, nesta sexta-feira, 5, os nomes que irão disputar as Eleições 2022, encerrando, de vez, qualquer dúvida sobre os rumos do partido neste pleito. Como antecipado pela GAZETA, o senador licenciado Márcio Bittar deve disputar o governo do Acre, e o deputado federal, também licenciado, Alan Rick Miranda deve disputar uma vaga no Senado Federal.
Mesmo com os desentendimentos públicos entre Bittar e Rick, diante da briga pela cadeira de vice na chapa do atual governador Gladson Cameli (PP), que chegou a confirmar o nome de Márcia Bittar, ex-esposa de Bittar, e, posteriormente, a trocou por Alan, o deputado federal e o presidente estadual do União Brasil parecem ter chegado a um consenso, ainda que “forçado”, fechando a candidatura de Rick ao Senado.
O anúncio vem um dia depois da derrota do grupo de Alan perante a Justiça para anular a dissolução da Executiva estadual, feita por Márcio Bittar de forma unilateral, segundo os membros do partido.
“Nós temos a chancela e o apoio do União Brasil nacional à nossa candidatura ao Senado. Dizer que eu estou muito feliz com o abraço dos nossos amigos, apoiadores e nossos pré-candidatos, e dizer da minha felicidade de ter a chancela do meu partido para disputar as eleições”, afirmou Alan.
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Apesar da divergência de opiniões e estratégias com o presidente do partido no Acre, Alan Rick destacou que busca um entendimento.
“Nós vamos fazer uma reunião agora na busca de um entendimento, porque sabemos que os pré-candidatos do UB, em sua maioria, desejam andar com o governador Gladson Cameli, e nós vamos buscar esse entendimento. O papel de um partido é buscar ouvir os seus integrantes. Decisões não são tomadas de cima para baixo em imposição, mas ouvindo as pessoas e assim que nós buscamos resolver os problemas da população”, ponderou Rick.
Agora pré-candidato ao governo do Acre, ao lado da médica Georgia Micheletti, anunciada como vice, Márcio Bittar destacou que sua escolha de disputar o governo, na verdade, foi o que ele classifica como “destino”.
“Aos 59 anos de idade, mais do que nunca eu sei, pela vida que vivi, que, de fato, a verdadeira afirmação é de que ‘o homem planeja, mas quem decide é Deus’. Não sei o que Deus está reservando pra mim, o que eu sei é que, passada as eleições 2018, o que eu queria era me concentrar no mandato e porque eu mexi muito com partido político, ao longos dos 20 anos que enfrentei o PT (…). Quis o destino que eu acabasse mexendo com o maior número de partidos, mas também assumi a responsabilidade com o Republicanos e com o PL, partido do presidente Bolsonaro, a quem eu presto essa homenagem e tenho apoio”, destacou Bittar.
Sobre Alan Rick, ele ainda garantiu que as diferenças fazem parte da vida e ressaltou que irá pedir votos para o colega de sigla, mesmo sendo ele concorrente direto de Márcia Bittar, na disputa à única vaga para o Senado Federal.
“Eu vou ter que respeitar a fidelidade partidária e claro que ele [Alan Rick] vai ser meu candidato, a recíproca é verdadeira” finalizou.