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Adequação e propósito moral

Desde que compreendi o significado da palavra responsabilidade, me tornei a favor de toda e qualquer política que responsabilize o homem, acho que tratá-lo como culpado, como queria Albert Camus, obriga a estar se defendendo, como a ofensividade oprime ele seria levado à revolta, na medida em que responsabilizamos partimos para o ataque com a intenção de resolver as contradições, afinal de contas impelimos o desenvolvimento para acompanhar a evolução.

Jamais reduziria a política à administração, também não limito a administração à burocracia porque a burocracia é uma máquina que depende única e exclusivamente de técnicos; eu quero homens inteligentes, capazes de criar em cima do que está dado, precisamos estimular o setor privado para desenvolver mentalidade empresarial, de gente que pensa para entrar em ação, que quando age executa o plano.
Separar o setor privado do setor público para deixá-los incomunicáveis, como se fosse possível o desenvolvimento de um sem o desenvolvimento do outro, é um erro que pode ser desmascarado, obviamente conto com pessoas que tenham discernimento para saber o que distingue uma coisa da outra.

Além do mais devemos estar cientes de que a relação não compromete a individualidade, pois são setores que podem muito bem se desenvolver independentemente um do outro, o fato é que a relação é orgânica e exige a modernização do Estado, não no sentido de transformá-lo em uma empresa, que a finalidade do Estado não se confunde com a finalidade de uma empresa. A empresa tem aquilo que transforma o Estado em uma instituição eficiente, capaz de cumprir os objetivos de modo eficaz, justamente, com a institucionalização da ação racional com relação a fins que se ligam a valores.
Não perdemos de vista o aspecto humano de tudo o que tem vida e recebe luz para crescer em saúde e beleza, alçamos o voo para tornar o progresso viável, um tipo de progresso que chega nas pessoas e resolve os problemas que emperram o sucesso e impedem a realização.

O Estado tem função social, é possível cumpri-la como uma empresa encarregada de gerar empregos, uma vez que misturamos o setor público e o setor privado sem cometer o erro de confundir o indivíduo e a sociedade, pois queremos tirar lições da relação e aprender com ela.
É preciso saber que a empresa capaz de assumir a responsabilidade deve empreender o capital para adequar o propósito moral à sua visão.

 

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