A campanha nacional de vacinação contra a poliomielite encerrou no Acre com uma cobertura de apenas 34,15% do público-alvo, que são crianças de 1 a 4 anos de idade, conforme dados do Programa Nacional de Imunização (PNI).
A campanha encerrou no último dia 30 de setembro, e, conforme dados atualizados nessa terça-feira, 4, apenas 22.172 crianças receberam a dose do imunizante. A meta era de vacinar 95% do público, que é de 64.932 pessoas.
De acordo com a saúde do Acre, apesar de encerrada a campanha, a vacina continua em oferta nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de todo o estado.
Em conversa com A GAZETA, o médico infectologista Eduardo Farias, disse que essa baixa procura por vacinação é uma onda global, o que prejudica a todos.
De acordo com o médico, a poliomielite ou paralisia infantil é uma doença viral, sem registros de casos no Brasil desde a década de 90. Entretanto, o vírus ainda circula no mundo.
“A gente vê casos na Ásia, na África, Afeganistão, Paquistão e alguns outros países da Ásia ainda registram casos anuais de poliomielite. Ou seja, esse vírus circula no mundo ainda, portanto, com a facilidade que a gente tem, hoje, de comunicação e transportes, é possível de uma pessoa portar esse vírus, mesmo assintomática, e reintroduzir no Brasil. É por isso que é importante se manter coberturas vacinais que sejam adequadas”, alerta.
A doença pode ser prevenida através de duas gotinhas e de forma gratuita em todos os postos de saúde dos municípios.
As únicas cidades do Acre que bateram a meta, foram Marechal Thaumaturgo, Plácido de Castro e Santa Rosa do Purus, com mais de 95% do seu público alcançado. As que menos vacinaram foram Rodrigues Alves (15,06%), Rio Branco (17,22%) e Capixaba (21,06%).