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Na luta contra o feminicídio e violência doméstica, Instituto realiza live com palestra e bate-papo sobre o tema no Acre

(Foto: Lucas Maná)

Para quem estava com saudades do programa feminista ‘Fala, Mana”, a boa notícia é que neste sábado, 26, tem retorno com um super bate-papo sobre violência contra a mulher e feminicídio. A live será transmitida pelo canal do Instituto Mulheres da Amazônia (IMA) no youtube, a partir das 17h, no Acre, e 19h em Brasília.

A 16° edição do “Fala, Mana” faz parte de uma qualificação, ofertada a vários segmentos de mulheres do Acre, sobre a Agenda 21/2030 das Mulheres da Amazônia. A ação é uma realização do IMA, em parceria com o Fundo de Populações das Nações Unidas (UNFPA). Ao todo, serão seis programas, sempre aos sábados e no mesmo horário.

“Nós estamos retomando o ‘Fala, Mana!’ nesses 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher e serão várias edições tratando os eixos temáticos da Agenda 21/2030 das Mulheres da Amazônia. E como estamos nos 21 Dias de Ativismo, vamos tratar sobre o eixo de enfrentamento à violência contra a mulher. Também vamos falar sobre o tráfico de mulheres e crianças, que nós sabemos que existe muito na Amazônia e no nosso Estado”, salientou a presidente do IMA, Concita Maia.

A palestrante da live será a advogada feminista, formada pela Faculdade de Direito da UFBA (Universidade Federal da Bahia), Myllena Calasans de Matos, que é integrante do Consórcio Lei Maria da Penha, do Cladem-Brasil e do Grupo de Pesquisa Direito, Gênero e Famílias da UnB. Com trajetória de trabalho sobre a abordagem feminista no Direito, atuou no desenvolvimento da política pública de enfrentamento à violência contra as mulheres, mais tarde conhecida como Lei Maria da Penha.

Fala, Mana!

O Fala, Mana é um espaço consolidado de voz, escuta, denúncia, qualificação das mulheres da Amazônia fortalecendo seus protagonismos na defesa de seus territórios. É um espaço de voz das mulheres amazônidas, lideranças indígenas, negras, afroindigenas, quilombolas, LGBTQIA+ mulheres com deficiência, periféricas, ribeirinhas, extrativistas, parteiras, quebradeiras de coco, agricultoras, camponesas, evidenciando para o mundo suas realidades específicas, suas culturas, seus desafios, sonhos e esperança.

Agenda 21/2030

A Agenda 21/2030 das Mulheres da Amazônia possui oitos eixos temáticos que traz à luz dos ODS, as questões mais urgentes a serem enfrentadas, discutidas, traçadas estratégias prioritárias sob a perspectivas das amazônidas.

O documento apresenta temas que afetam o cotidiano e o bem viver das mulheres da Amazônia. É também um instrumento de empoderamento.

“Temos urgência na implementação da nossa Agenda que passa necessariamente pela diminuição da violência e dos casos de Feminicidio no Acre e demais estados da Amazônia Legal Brasileira”, observa Concita Maia.

Os oito eixos que compõem a Agenda 21/2030 das Mulheres da Amazônia são:

  • 1 – Desenvolvimento Agroecológico, Humano e Sustentável: Agricultura Familiar Tradicional, Extrativismo e Meio Ambiente;
  • 2 – Política de Enfrentamento à Crise dos Sistemas Alimentares;
  • 3 – Direito à Terra com Igualdade Para as Mulheres do Campo e da Floresta;
  • 4 – Saúde e Cuidados: Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos;
  • 5 – Enfrentamento à Violência Contra a Mulher e ao Feminicídio;
  • 6 – Educação, Cultura, Mídias Igualitárias e Democráticas, Inclusivas para a Igualdade e Diversidade;
  • 7 – Organização e Poder;
  • 8 – Autonomia Econômica e Igualdade no Mundo do Trabalho, com Inclusão Social.
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Maria Meirelles: