Histórias que retratam negligência durante o atendimento médico,estão se tornado cada vez mais comuns, no caso específico trataremos sobre a conduta médica diante de um parto.
Uma triste história que retrata a conduta médica diante de um momento ímpar de uma mulher já fragilizada pela gestação, muita vezes abandonada pelo pai da criança, pela família ou uma mulher que teve uma gestação difícil é aquele momento será parte de um propósito que ela fez com ela e com Deus para trazer aquele filho ao mundo.
Vou dar o nome de Maria, a mulher que barrou a triste história de um parto:
E ela começou assim: “Meu parto foi complicado, minha filha não nascia, então começaram a fazer uma manobra na minha barriga, empurrando com força para ela sair. Como eu tinha estudado e me informado muito, eu sabia que era uma violência obstétrica e pedi para que parassem, eles não queriam parar e eu insisti até que parassem. Quando ela nasceu eu ouvi a enfermeira falando: Doutor, não é bom fazer uma limpeza? Tem mecônio( fezes do bebê)aí! O médico com toda sua autoridade respondeu:Não precisa, está tudo limpo, a enfermeira insistiu e ele deu a mesma resposta.Recebi alta no mesmo dia e mesmo eu falando que estava com dor, fui liberada.Continuei com muitas dores e começou a sair muito sangue de mim, coágulos fedorentos, voltei ao hospital, tive que fazer curetagem e passei sete dias internada, fui liberada ainda com dor, disseram que era normal,passou uns dias eu voltei lá e eles disseram: Que não tinham mais nada o que fazer e que agora era no Posto”. Já passou vinte e um dias. E agora, o que eu faço?
Casos assim, infelizmente fazem parte de uma realidade cruel,mulheres que sofrem violência obstétrica, que são vítimas de negligência, imperícia ou imprudência, que muitas vezes se calam por entender que ninguém vai ouvi-las ou que não vai dar em nada.Por outro lado, temos profissionais sobrecarregado, salários defasados, profissionais,adoecidos, falta de materiais.
Ainda que um hospital que tenha a melhor tecnologia, a melhor estrutura física ele não será um bom hospital se a equipe está desmotivada,adoecida, sem perspectiva,uma equipe “doente” não pode cuidar, curar, amparar.
No entanto, as mazelas do sistema não podem justificar a insensatez humana, a falta de zelo, de responsabilidade, a falta de compaixão, de profissionalismo.
É preciso diante das insatisfações escolher o caminho. Afinal, não tem meio termo! Se tu escolha é ficar, faz tua jornada com responsabilidade, com ética, honra tua profissão e teu juramento.
“ Mais que de máquinas,precisamos de
humanidade.”
Charles Chaplin