A gestão do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), liderada pela desembargadora Regina Ferrari, segue contribuindo para a formação de crianças como agentes multiplicadores de saberes e também proporcionar uma maior aproximação e interação entre o Poder Judiciário e a sociedade. Por meio da Coordenadoria da Infância e Juventude (CIJ), nesta segunda-feira, 12, realizou visitas às Escolas nos municípios de Acrelândia, Plácido de Castro e Capixaba, para lançamento das atividades do Projeto Cidadania e Justiça na Escola edição 2023.
A coordenadora da CIJ, desembargadora Waldirene Cordeiro, foi pessoalmente em cada estabelecimento de ensino, ao encontro de discentes e docentes com o objetivo de dialogar sobre o valor desse tipo de abordagem no desenvolvimento de cidadãos, no ambiente escolar envolvendo toda os seus atores. A magistrada falou sobre a influência do ambiente escolar na formação de alunos e o ensino de justiça e cidadania na construção de cidadãos que sabem seus direitos e deveres.
“A constituição de cidadãos ativos e responsáveis está diretamente ligada a partir da contribuição do conteúdo aprendido no ambiente escolar. A partir do momento que essas crianças e adolescentes adquirem conhecimento sobre justiça e cidadania, elas entendem e aprendem seus direitos e deveres e se reconhecem enquanto indivíduos que integram essa sociedade. Assim, a expectativa é que sejam encorajados a expressar suas opiniões, a respeitar os pontos de vista dos outros, prezar as diferenças, além do comprometimento em atividades que promovam o bem comum”, ressaltou.
Em Acrelândia, o juiz de Direito substituto Guilherme Miotto da Comarca, acompanhou a atividade e falou com os alunos. Em Plácido de Castro, a juíza de Direito, titular da Comarca, Isabelle Sacramento, acompanhou a reunião com a equipe gestora neste município, juntamente com o defensor público Ulisses Melo.
Em Capixaba, o juiz de Direito Bruno Perrota levou uma mensagem aos alunos, mas falou também sobre o significado desse projeto para os jovens. “Importantíssimo. Uma das funções do Poder Judiciário é levar cidadania. Quando falamos ideia de justiça, também está atrelada a cidadania. Trazer isso pra quem está no início de sua vida como cidadão é muito relevante. Então, debater senso de cidadão e responsabilidade, para quando ele receber esse arcabouço de direitos que é necessário e que nossa constituição protege, ele saibam não só defende-los, mas também observar quando eles estão sendo violados e a forma correta de buscar, quer seja acionando os órgãos competentes, quer seja se fazendo representar na sociedade, por exemplo, numa associação, mas levando em sua voz esse conhecimento. As crianças de hoje serão nossos líderes de amanhã. Costumo dizer que não é possível ter um mundo bom apenas para uma pessoa ou duas, mas é necessário que ele seja bom e melhore para todo mundo” finalizou o magistrado.
Por meio de distribuição de cartilhas, palestras e até concurso de redação, o projeto Cidadania e Justiça na Escola leva aos alunos reflexões e uma compreensão dos direitos e responsabilidades que eles têm como cidadãos, com intuito de ensinar sobre os princípios de justiça, para que aprendam a valorizar a igualdade, a equidade e o respeito pelos Direitos Humanos e, acima de tudo, a democracia.
As cartilhas que estão sendo distribuídas nesta etapa do projeto foram produzidas a partir de recurso do então deputado federal, hoje senador, Alan Rick. O recurso possibilitou a impressão de cinco mil exemplares. Inicialmente o projeto é voltado para alunos especificamente da 5ª série.
O que dizem as gestoras e os gestores de escolas
“Muito bom. Porque as crianças do nosso município (de Acrelândia), em especial da nossa escola Novo Horizonte, a maioria são de ramais, então não tem o mesmo conhecimento e acesso que alguns alunos aqui da cidade tem, sobre o Poder Judiciário ou os três poderes. Então, pra eles é uma coisa nova, que vai chamar a atenção, principalmente as cartilhas que são muito bem produzidas vai ser muito importante pra nossa escola e principalmente pra vida escolas dessas crianças.”
Samuel Bento dos Reis, gestor da Escola Novo Horizonte, Acrelândia-AC
“Muito importante essa parceria, porque as nossas crianças desde cedo precisam saber o que significa cidadania, seus deveres, a contribuição que tem para a família … então essa é uma ação muito boa para a escola. Claro que nossos professores já trabalham isso, mas vindo de fora, aumenta ainda mais o leque de conhecimento de nossos alunos.”
Geliane Macedo de Araújo, gestora da Escola Elias Mansour Simão, Plácido de Castro-AC
“Pra nós, (o projeto) é de grande importância, porque os alunos, ou até nós mesmos adultos, as vezes não sabemos dos direitos e dos deveres que a gente tem. Às vezes somos lesados por falta de conhecimento. Então é muito bom, porque todos nós precisamos saber dos nossos direitos, dos nossos deveres, precisamos saber o papel de cada instituição, a quem recorrer e como recorrer em cada situação. Portanto, o projeto é de grande importância para os alunos crescerem. Além disso, vai servir pra formação integral deles, para o futuro e os sonhos que pretendem ter.”
Hosana Carvalho, gestora da Escola Nair Sombra, Capixaba-AC