Olá devanetes queridos, como estamos?? Mais pra alegria ou mais pra tristeza/estresse? Sabe, tenho sentido cada vez mais oportuno questionar sobre o estado emocional das pessoas que cruzam o meu caminho, sejam da minha convivência pessoal ou profissional.
Parece-me que um sensor liga e desliga na minha pessoinha, que traz um alerta positivo ou cauteloso de como melhor conviver com aquele ser humano que está imbuído de todo um sistema complexo social, emaranhada confusão sistêmica e infinitas exigências que viver e sobreviver, hoje, nos exige.
Então, não numa perspectiva fingida e frígida, a pergunta”como você genuinamente está??” reporta-me pra um lugar humano e amoroso, no qual temos que está ad aeternum. Sinto as pessoas querendo se conectar, ao passo em que vejo as infinitas distrações a que todos estamos sujeitos, numa sociedade estressada, desolada e excitada (parafraseando um curso belíssimo da Casa do Saber que estou fazendo, aliás indico)…E, neste contexto, fico só observando, com minha mão no queixo de costume, a tantas quantas anda a nossa barbárie social.
Basta pararmos todos os dias um pouquinho que seja, em nossos devaneios íntimos, e observarmos os nossos pensamentos. E se eu te perguntar, neste momento: O que está pensando agora? O que está te preocupando agora? Que sensação causa no teu corpo? Caramba….. Tenho certeza de que muitos ou estarão se dando conta do tamanho da sensação de desespero, somente de ouvir essas perguntas, ou ainda numa inflexão observem que, talvez, faz muito tempo que não se permitem fazer essa parada estratégica, pra se ouvir um pouco mais.
Então, vejam, o meu convite não é somente para o outro, mais principalmente para VOCÊ. É, você, que está sentindo um vazio existencial, que não tá vendo sentido no que está fazendo. Você, que sente ansiedade, fobia, estresse, depressão. Você, que se sente desmotivado, que se sente sem rumo; que está se relacionando mal com o alimento; que está em crise existencial; que está viciado em paliativos que dão um prazer e satisfação imediatos, mas que, depois, são gatilhos para uma “bad” maior. É, você, que, nos exageros, expressa que esconde uma falta imensa. Você, que não entendeu que, em todas as épocas da história humana, vivemos isso, em maior ou menor grau, mais que, na ERA DA INFORMAÇÃO fast-food, se vê uma desolação social que nos convida diariamente para o CAOS.
Bem, o caos pode ser um bom e famoso “fundo do poço” ao qual chegamos, um lugar escuro que não nos permite enxergar muito além, mas também, um momento que nos convida a se utilizar de outros sentidos de percepção do corpo humano. Na anestesia da queda (no fundo do poço), podemos pouco a pouco (um processo), “tatear” possibilidades que nos levam a começar a subir de volta à realidade, a buscar a luz, com mais motivação.
Portanto, o convite desta que vos escreve é o seguinte: não deixem de buscar ficar melhores, monitorem-se, cotidianamente, seja com a ajuda de um profissional da área, seja com perguntas filosóficas que possam te trazer mais profundidade existencial e descobertas relacionadas a tua subjetividade. Outro ponto: não se contente com a angústia, ela pode ser um grande sinalizador de que as coisas não vão bem, e, outro, e não menos importante, não se distraia com coisas que só camuflam os problemas e que fazem estes crescerem ainda mais.
C O R A G E M. Afinal, assim como a música “Andar com fé”, de Gilberto Gil, nos traz como mensagem: “A fé não costuma faiá”.
*Marcela Mastrangelo, mãe, filha, generosa, alegre e muito encantada com o mundo e suas curiosidades, amante da arte, música e qualquer expressão que traduza a subjetividade humana. Estudei Sociologia, Antropologia, Ciência Política, Educação, Direito, vários cursos livres e habilitei-me para atender clientes que querem adentrar no mundo do autoconhecimento. Atualmente, dedico-me à formação da vida Psicologia. Nada mais que um ser humano em suas buscas…