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‘Maior presente que Deus poderia ter nos dado’, diz mãe de menina com síndrome de Down no Acre

“Celine Maria foi o maior presente que Deus poderia ter nos dado. Obrigada papai do céu!”. É assim que a empresária Marcela Bader descreve o amor e a gratidão pela vida da filha, a pequena Celine Maria, de 2 anos, que tem síndrome de Down.

Nesta quinta-feira, 21, Dia Internacional da Síndrome de Down, o site A Gazeta conta a história dessa relação entre pais e filha, recheada de muito amor e superação.

Família reunida (Foto: Cedida)

A empresária já tinha uma filha quando engravidou de Celine. E foi durante o acompanhamento gestacional que uma das médicas suspeitou de um sopro no coração da pequena e pediu que os pais fossem a um cardiologista pediátrica para fazer exames mais específicos, que confirmaram o diagnóstico.

Eles foram encaminhados a um especialista em São Paulo, onde fizeram um exame genético e, para a surpresa da família: Celine tinha síndrome de Down. E aí, a família iniciou uma jornada marcada por desafios, mas também por aprendizado e crescimento.

“É uma confusão de emoções. Você passa por todas as fases, de negação, a do luto, mas depois eu me fortaleci, eu fiquei bem pela minha filha, pela minha família. E quando ela nasceu foi uma virada de chave, eu estava muito preparada para receber minha filha Eu estava feliz, eu estava bem para cuidar da minha filha e correr atrás do que teria que correr para o bem estar dela”, Lembrou Marcela.

Cirurgia cardíaca

A mãe contou que também foi durante a gestação que descobriu que a filha teria que fazer uma cirurgia no coração aos três meses de vida. Esse, segundo ela, foi um dos momentos mais difíceis para a família. A fé, o apoio e a busca por informação tornaram-se seus pilares de sustentação.

Com a orientação médica, a família enfrentou com coragem a cirurgia necessária para Celine Maria ainda nos seus primeiros meses de vida.

“Quando foi com três meses, ela fez a cirurgia. Não tem explicação, você pensar que, sua filha, um bebê tão pequeno vai ter que passar por uma cirurgia desse porte. E, graças a Deus, a gente teve muita fé, Deus e Nossa Senhora estiveram sempre com a gente e é o que nos sustenta em primeiro lugar. E em segundo nossa família, amigos e a equipe médica”, afirmou a empresária.

Desde então, a rotina de Celine Maria tem sido intensa, com terapias diárias e estímulos constantes. Marcela e o marido, Francis Kashima se dedicam incansavelmente ao bem-estar da pequena, buscando o melhor acompanhamento médico e terapêutico disponível.

“É uma rotina bem puxado de terapias, todo dia tem terapia e em casa também, a gente faz, estimula, tudo é estímulo. Quando as diversidades surgem, aí que a gente vai lidar. Foi o que eu aprendi, é que a gente tem que acalmar a ansiedade, porque a gente já quer pensar lá na frente. Então, é uma coisa por vez, porque se não a gente se perde no caminho.”

Mas além dos desafios, há também momentos de alegria e gratidão na jornada da família.

“Ela é muito forte e ela está sempre ali sorrindo, sempre bem e é uma guerreira. Então, quem sou eu para também não ser forte, para também não lutar, se ela tão pequenininha já luta desde cedo, desde tão nova. Então, isso é o que mais marca no momento com ela. Ela é muito forte e ela passa essa força pra gente. É uma guerreira e eu nunca vou esquecer, o tanto que ela foi forte, o tanto que ela ficou bem e o tanto que ela queria vencer quando fez a cirurgia”, disse.

Sonhos e rede de apoio

Para o futuro de Celine, os pais desejam nada menos do que felicidade e realização.

“Que ela possa fazer o que ela quiser fazer, não é porque ela veio com essa condição que ela não vai poder correr atrás dos seus sonhos. Então, o meu desejo para ela é que ela seja feliz, e que as pessoas vejam que está tudo bem em ser diferente, que ninguém precisa ser igual a ninguém. Todo mundo merece respeito.”

A rede de apoio desempenha um papel fundamental na jornada dessa família. “Não tenho palavras para descrever a importância do apoio da minha família. Meus amigos são maravilhosos, eles estão sempre do meu lado. Quando a gente tem essa rede de apoio, tudo é mais leve, tudo é mais suave.”

Em pouco mais de dois anos de vida, Celine trouxe várias lições para a família. E, segundo a mãe, a principal delas foi o verdadeiro significado de amor incondicional.

“A Celine é a bênção de Deus na nossa vida. O que ela trouxe para mim é amor. Amor incondicional. Amor acima de tudo. Ela me ensinou a ser uma pessoa totalmente diferente do que eu era. Ela me ensinou a ser mais paciente, a esperar os momentos, a acalmar a ansiedade. Ela veio para nos tornar pessoas melhores. Eu não tenho a menor dúvida”, concluiu.

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Iryá Rodrigues: