Rio Branco, a capital do Acre, é a cidade mais antiga do Estado, completando neste sábado, 28, 142 anos. Para falar um pouco sobre o assunto, A GAZETA conversou com o professor de História Marcos Vinícius Neves, que explicou um pouco sobre sua fundação.
Segundo Marcos, Rio Branco, junto com Xapuri, são as cidades mais antigas do Acre, formando-se ainda nos tempos dos seringais.
“Elas [Rio Branco e Xapuri] se transformaram de seringais para povoados, que logo mais tarde, se tornaram vilas e, em seguida, cidades importantes dentro do contexto da exploração da borracha, no áureo tempo da exploração dos seringais”, contou.
Ainda de acordo com o professor, no primeiro Ciclo da Borracha, de 1870 a 1912, ambas as cidades se tornaram extremamente importantes para a viabilização do comércio, se tornando inclusive prósperas.
“E não por outro motivo, inclusive, tanto Rio Branco quanto Xapuri, assim como o Porto Acre – que foi uma cidade criada pelos bolivianos, para a administração boliviana – receberam os mais importantes combates da Guerra do Acre, também conhecida como Revolução Acreana”, reiterou.
No caso de Rio Branco, especificamente, o combate da Volta da Empreza foi o primeiro entre acreanos e bolivianos.
“E foi uma vitória dos bolivianos, o que colocou toda a revolução em risco. E no segundo combate, já em outubro de 1902, que durou dez dias, foi no “pé da Gameleira”, foi muito importante para definir os rumos que a guerra veria de tomar a partir dali”.
Rio Branco, cidade que viu crescer os sonhos dos seringais e foi palco das batalhas que moldaram a história do Acre, hoje celebra sua força, sua memória e os passos dados rumo ao futuro.