A supercentenária espanhola Maria Branyas Morera, nascida nos Estados Unidos e que morreu aos 117 anos no ano passado, estava certa ao afirmar que sua longevidade era resultado de “sorte e boa genética”. Um estudo sobre o microbioma e DNA de Branyas, conduzido pela Universidade de Barcelona, revelou que as células da idosa apresentavam características de células 17 anos mais jovens.
A pesquisa, publicada pelo jornal The Guardian, também revelou que a microbiota da idosa — composta principalmente por bactérias intestinais que desempenham um papel crucial na saúde das pessoas — se assemelhava à de uma criança. O estudo foram iniciados antes da morte da supercentenária e descobriu que Branyas esteve lúcida até próximo da morte.
Além da genética única, Branyas fez escolhas de estilo de vida saudáveis. Conforme o estudo, a idosa seguia uma dieta mediterrânea, que incluía o consumo diário de três iogurtes. Além disso, ela evitava o consumo de álcool e cigarro, gostava de caminhar e estava sempre rodeada de familiares e amigos. Esses hábitos contribuíram, segundo os cientistas, para a preservação da saúde física e mental.
A morte de Maria foi confirmada pela família nas redes sociais, em agosto de 2024. “Maria Branyas nos deixou. Ela morreu como queria: dormindo, em paz e sem dor. Sempre nos lembraremos dela por seus conselhos e gentileza”, dizia a mensagem publicada no X (antigo Twitter). A causa da morte não foi divulgada.
Maria Branyas nasceu em 4 de março de 1907, em São Francisco, nos Estados Unidos, e se mudou para a Catalunha, com a família, em 1915. Ela vivia na casa de repouso Residència Santa María del Tura desde 2000.
Além da “sorte e boa genética”, Branyas atribuía a longevidade à “ordem, tranquilidade, boa conexão com a família e amigos, contato com a natureza, estabilidade emocional, ausência de preocupações, ausência de arrependimentos, muita positividade e afastamento de pessoas tóxicas”.
Por: Correio Braziliense