Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

Veja como votaram os parlamentares do AC no projeto que amplia número de deputados federais

Veja como votaram os parlamentares do AC no projeto que amplia número de deputados federais

Foto: Reprodução

Os deputados federais Roberto Duarte (Republicanos) e Coronel Ulysses e os senadores Alan Rick e Márcio Bittar (União Brasil) foram os únicos parlamentares do Acre no Congresso a votarem contrários ao projeto de lei que amplia de 513 para 531 o número de cadeiras na Câmara, em Brasília.

Na votação do último dia 6 de maio, na Câmara, disseram sim à proposta os deputados José Adriano, Socorro Neri, Zezinho Barbary (PP), Antônia Lúcia (Republicanos) e Eduardo Velloso (União Brasil). A deputada Meire Serafim (União Brasil) se absteve.

A matéria passou no Senado, nesta quarta-feira, 25, e foi aprovada por 41 votos a 33. Do Acre, o senador Sérgio Petecão votou favorável. Depois, voltou para os deputados federais, que aprovaram a proposta das emendas feitas pelo Senado. A principal mudança se refere às despesas com o exercício do mandato parlamentar, como o chamado “cotão”, que envolve despesas com passagens aéreas, alimentação, combustível e aluguel de escritórios de apoio.

Segundo o texto aprovado, a despesa total desse tipo será mantida constante, sem aumento real, durante a legislatura seguinte (2027 a 2030).

Na votação desta quinta-feira, relativa às emendas feitas ao texto original do PL, apenas a deputada Socorro Neri votou contra.

De autoria da deputada federal Dani Cunha (União Brasil-RJ), o projeto foi apresentado após o Supremo Tribunal Federal (STF) determinar a redistribuição das 513 vagas existentes conforme a população de cada estado. Isso porque em algumas unidades federativas houve perda de habitantes, enquanto outras passaram por aumento populacional, o que demandaria uma revisão na proporção entre população e cadeiras no parlamento.

Porém, ao invés de redistribuir as cadeiras, a maioria dos parlamentares optou pelo aumento no número de vagas, mantendo o tamanho das bancadas que perderiam representantes. O Acre não seria afetado pela proposta, permanecendo com apenas 8 assentos na Câmara.

Os estados que ganhariam vagas são: Amazonas (mais 2 deputados), Ceará (+1), Goiás (+1), Minas Gerais (+1), Mato Grosso (+2), Pará (+4), Paraná (+1), Rio Grande do Norte (+2) e Santa Catarina (+4).

A matéria segue, agora, para a sanção do presidente Lula (PT).

Gastos públicos

A versão aprovada pelo Senado e Câmara prevê que o impacto orçamentário direto com os salários dos novos parlamentares será de R$ 10 milhões por ano.

Outras despesas, como cota parlamentar, passagens e verba de gabinete, deverão ser divididas entre os 531 deputados, mantendo os patamares de 2025 para 2026.

Com isso, a estimativa de impacto total anual cai de R$ 150 milhões para cerca de R$ 95 milhões, considerando também o efeito cascata nas assembleias legislativas dos estados.

Considerando só os gastos no Congresso, as novas despesas serão de R$ 64 milhões por ano.

A emenda que introduziu essa trava nos gastos foi sugerida pelo senador Alessandro Vieira (MDB-SE) e acatada pelo relator da proposta, senador Marcelo Castro (MDB-PI).

Apesar disso, o texto permite que os valores globais destinados a essas despesas possam ser reajustados futuramente, com base em atualizações monetárias, abrindo margem para aumentos graduais ao longo dos anos.

Sair da versão mobile