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Empresário preso pela PF por tráfico tem cargo comissionado no governo e será exonerado

Empresário preso pela PF por tráfico tem cargo comissionado no governo e será exonerado

Foto: Reprodução

John Müller Lisboa, um dos empresários que foram alvo da Operação Incepctio, que ocorreu em Rio Branco e em mais sete municípios de seis estados, era cargo comissionado do governo do Acre. Segundo o portal da transparência, o rapaz era lotado na Secretaria de Estado Indústria, Ciência e Tecnologia (Seict).

O portal também fornece mais detalhes do salário de John. Ele ganhava uma CAS-5, o equivalente a R$ 6.634,01, em valores brutos, e 5.341,22, após os descontos como IRRF e INSS. O empresário será exonerado, conforme confirmou o secretário de Estado de  Indústria, Ciência e Tecnologia, Assurbanípal Mesquita, por meio da assessoria de imprensa. A publicação deve sair no Diário Oficial do Estado (DOE) ainda nesta semana.

Relembre o caso

A Polícia Federal prendeu, nesta segunda-feira, 15, cinco empresários com atuação no Acre, acusados de integrar um esquema interestadual de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. As detenções ocorreram durante a Operação Inceptio, deflagrada em Rio Branco e que se estendeu a outros sete municípios em seis estados.

Entre os presos, estão os irmãos John Müller, Mayon Ricary e Marck Johnnes Lisboa, além de André Borges e Douglas Henrique da Cruz. O grupo é conhecido por organizar festas, gerir casas noturnas e atuar em setores como a construção civil e a produção artística.

Quem são os empresários investigados

O esquema

De acordo com a PF, o grupo é suspeito de enviar grandes carregamentos de drogas a partir do Acre para o Nordeste e o Sudeste. O dinheiro do tráfico circulava em contas bancárias, criptomoedas e empresas de fachada. A Justiça determinou o bloqueio de R$ 130 milhões em contas bancárias e o sequestro de bens avaliados em R$ 10 milhões.

Defesa

Em nota, a defesa dos irmãos Lisboa e de Douglas Henrique informou que os clientes estão colaborando com as investigações e confia em uma apuração rigorosa e imparcial. Até o momento, os advogados de André Borges não se manifestaram.

Os cinco investigados responderão por tráfico de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro. A Operação Inceptio ainda tem desdobramentos em outros estados: Rondônia, Minas Gerais, Bahia, Paraíba e São Paulo.

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