Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

No Acre, mulher ganha indenização após ter cabelo cortado de forma visível durante exame toxicológico

No Acre, mulher ganha indenização após ter cabelo cortado de forma visível durante exame toxicológico

Foto: Reprodução

Uma mulher que passou por um exame toxicológico para concurso público e teve parte considerável do cabelo cortada de forma visível e desproporcional conseguiu na Justiça do Acre a indenização por danos morais. O corte, realizado durante a coleta capilar, causou constrangimento e abalo à autoestima, configurando falha na prestação do serviço, segundo informações do diário eletrônico desta instituição, divulgadas na edição desta sexta-feira, 31.

Segundo o processo, o procedimento retirou cerca de 6 centímetros de cabelo no topo da cabeça da mulher, em área visível. Apesar de o exame ter seguido normas técnicas, o laboratório não escolheu a forma menos invasiva, que poderia ter sido na nuca, região menos perceptível.

O Tribunal entendeu que o corte perceptível transcende mero aborrecimento, atingindo atributos da personalidade, como imagem e autoestima, e gerando direito à reparação.

Valor da indenização

A indenização foi fixada em R$ 2 mil, valor considerado razoável e proporcional, com correção monetária e juros de morais. “A coleta capilar feita sem cautela, de forma visível e desproporcional, configura falha na prestação do serviço e enseja reparação por dano moral”, destacou o relator do caso.

O julgamento segue a jurisprudência que reconhece que danos à imagem e à estética, mesmo que decorrentes de ato técnico, são indenizáveis quando atingem atributos da personalidade e causam constrangimento social. A decisão reforça a responsabilidade objetiva do fornecedor de serviços em relações de consumo, conforme o Código de Defesa do Consumidor.

Sair da versão mobile