Pesquisadores da Universidade Federal do ABC (UFABC) desenvolveram um composto químico que pode ajudar no tratamento de pessoas com Alzheimer. Antes de obter os resultados positivos, foram realizados testes em animais e simulações computacionais. Agora, é necessária a realização de ensaios clínicos, para isso, os estudiosos buscam parcerias com empresas farmacêuticas.
A descoberta feita em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), mostra que os compostos descobertos degradam as placas beta-amiloides, que ficam acumuladas no cérebro do portador do Alzheimer e causam inflamação, interrompendo a comunicação neural.
A professora do Centro de Ciências Naturais e Humanas da UFABC e coordenadora do estudo Giselle Cerchiaro, relata como as primeiras descobertas sobre o tema vieram à tona. “Há cerca de uma década, estudos internacionais começaram a apontar a influência dos íons de cobre como um agregador das placas de beta-amiloide. Descobriu-se que mutações genéticas e alterações em enzimas que atuam no transporte do cobre nas células poderiam levar ao acúmulo de elemento no cérebro, favorecendo a agregação dessas placas”, contou Giselle.
De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 1,2 milhão de brasileiros têm Alzheimer, que é uma doença neurodegenerativa e ainda não tem cura. A causa também é desconhecida. Por enquanto, só é possível encontrar tratamentos que amenizem os sintomas ou medicamentos complexos com o uso de anticorpos.










