O combate à dengue é uma tarefa impossível de ser cumprida sem a participação de toda a população. Atenta a isso, a Secretaria estadual de Saúde (Sesacre) fez uma parceria com a direção da escola Henrique Lima, situada no final da rua principal do bairro Calafate, para a realização de uma Feira Sobre Prevenção da Dengue para toda a comunidade local. A atividade aconteceu ontem de manhã, das 8 às 11h30, e consistiu em reunir 90 alunos de três turmas da instituição (1º ano C e D, 8ª série E), para organizar folders, cartilhas, cartazes e até maquete de conscientização sobre a doença.
De acordo com Sônia Queiroz, coordenadora de educação e saúde da Sesacre e professora da esc. Henrique Lima, a iniciativa das disciplinas de Ciências, Biologia e Português é feita para transformar os alunos em “multiplicadores” do trabalho de prevenção dentro e até mesmo fora do bairro. Segundo ela, os estudantes passaram 3 semanas aprendendo este conhecimento (sobre a doença, o vetor, os tipos, o tratamento, e, em especial, as prevenções) e preparando o material para a feira.
“Esse é um projeto muito gratificante porque desperta de verdade o interesse dos alunos. Percebemos que eles se esforçam bastante em aprender todo esse conteúdo, que será vital às suas vidas. Todo ano realizamos atividades de mobilização para a dengue, junto com a Sesacre, seja na forma de passeatas, feiras ou arrastões. E cada vez mais enxergamos o quanto essas ações têm sido importantes nessa luta contra o mosquito, especialmente neste começo da época de chuvas”, comentou a professora.
E para comprovar o que diz a professora nada melhor do que a palavra dos próprios alunos. Ou seria mais correto chamá-los de ‘especialistas mirins’, já que era assim que pelo menos a atitude deles aparentava ser. Conforme Ruan Vanderberg de Carvalho, 14 anos, a feira é um projeto muito importante, pois ajuda as pes-soas a se conscientizarem de que é errado deixar água parada em qualquer canto da casa e/ou lugares próximos. “Aprendi muito sobre a dengue com esse projeto. Antes, eu não sabia quase nada sobre a doença e agora sei tudo sobre a transmissão do mosquito, causada apenas pela fêmea, o tempo de vida, a reprodução, etc”, declarou.
Já Jardeilson Souza e Maria Gucilene, ambos de 16 anos, ressaltaram o policiamento que cada um deve ter para evitar as condições que facilitam a reprodução do mosquito, já que ele coloca ovos que duram até um ano. Enquanto isso, Natália da Costa, 15, enfatizou a necessidade de não permitir acúmulos de lixo no quintal de casa, para evitar a infestação do vetor aos vizinhos. “É preciso sempre limpar o seu quintal porque só assim é possível prevenir a todos contra a dengue”, completou a jovem.
Com isso, a escola Henrique Lima prova que é mais uma aliada na luta contra a dengue, o que, aliás, deve ser uma missão de todos, cabe a cada um fazer a sua parte!