Um Comitê do Trabalho, composto por empregados, empregadores e governantes foi criado na tarde de terça-feira (8) a fim de atender a indústria da construção civil, no sentido de reduzir o índice de acidentes ocorrido nos canteiros de obras.
A idéia foi amplamente discutida e amadurecida ao longo de seis meses pelo Sindicato da Construção Civil (Sinduscon), Sindicato da Indústria de Pavimentação (Sincepav), sindicatos dos técnicos e dos trabalhadores da área, além do Ministério Público do Trabalho e Delegacia Regional do Trabalho.
O encontro dos representantes das instituições, ocorrido na Sala de Reuniões da Federação das Indústrias do Acre (Fieac) na tarde de terça-feira, foi oportuno para apresentação e posse dos membros, e para discussão e aprovação do regimento interno.
Segundo o delegado do trabalho e membro do comitê, Manoel Neto, muitas ações educativas serão desenvolvidas a partir de agora na tentativa de mudar o atual quadro de acidentes de trabalho. Segundo ele, mais de R$ 20 milhões são gastos por ano com acidentes de trabalho.
“Esse comitê vai trabalhar com objetivos, metas, prevenção e calendário de ações. Precisamos nos preocupar permanentemente com isso e buscar mudar a cultura da falta de cuidado durante o desempenho das atividades. Isso vale para empregados e empregadores. Todos devem se adequar”, disse o delegado do Trabalho.
Entre as atribuições do comitê, está a de estudar e propor medidas para o controle e a melhoria das condições e dos ambientes de trabalho na indústria da construção; implementar a coleta de dados sobre acidentes de trabalho e doenças ocupacionais, visando estimular iniciativas de aperfeiçoamento técnico de processos construtivos de máquinas, equipamentos, ferramentas e procedimentos.
“Um de nossos compromissos será desenvolver ações educativas dentro das empresas e nos canteiros de obras, visando a segurança no trabalho. Essas visitas deverão acontecer com bastante frequência”, acrescenta o vice-presidente do Sinduscon, Carlos Afonso Cipriano.
Preocupada com as constantes denúncias registradas no Ministério Público do Trabalho, a procuradora Marielle Guerra diz que com o comitê, os registros poderão cair, já que a tendência é a satisfação aumentar. “A preocupação realmente é grande, pois, nos últimos dois meses, percebemos que as denúncias aumentaram. Vamos trabalhar pensando em prevenir e reparar”, acrescenta. (Ascom Fieac)