O julgamento do policial civil José Castelo Branco, previsto para esta quarta-feira, 2, mudou de local. A audiência foi transferida da Vara do Tribunal do Júri Popular, instalada na Faculdade da Amazônia Ocidental – Faao, na Estrada Dias Martins, para o Fórum Barão do Rio Branco, na Rua Benjamim Constant. A mudança se deu em virtude da melhor estrutura para abrigar réu, testemunhas e familiares da vítima e do acusado.
Castelo Branco é acusado pelo assassinato do fiscal de limpeza Gildecir Bonfim Mendonça, morto a tiros no dia 15 de fevereiro deste ano, no interior de um bar no Conjunto Nova Esperança. Esta é a terceira tentativa de levá-lo a júri popular. Por duas vezes consecutivas, no mês de novembro, os adiamentos foram provocados pelas ausências de testemunhas e da própria defesa do réu.
Para garantir o julgamento desta quarta-feira, o juiz Anastácio Lima de Menezes, nomeou o advogado Armyson Lee Linhares de Carvalho para promover a defesa do réu, caso o advogado Sanderson Moura não compareça ao tribunal. O caso é polêmico e se tornou conhecido em decorrência dos constantes confrontos entre familia-res da vítima e do réu.
A exemplo do que aconteceu nas audiências anteriores, a advogada e ativista dos Direitos Humanos, Nazaré Gadelha, garante que uma manifestação popular pacífica será realizada na frente do Fórum. Ela elogiou a mudança do local da audiência e acredita que desta vez o julgamento será realizado.
O CRIME – O crime ocorreu no dia 15 de fevereiro deste ano, no interior de um bar no Conjunto Nova Esperança, onde vítima e acusado bebiam. Segundo depoimentos prestados em juízo, o policial ficou furioso ao ser recriminado pelo fiscal quando mexia nas cadeiras e na mesa em que a vítima e a esposa estavam sentadas.
A partir deste episódio, o acusado teria sacado de sua arma e dado início a execução. Além do homicídio de Gildecir, o policial também foi denunciado por tentativa de homicídio contra Maria Francisca Gadelha dos Santos e Cleidiane Gadelha dos Santos Monteiro.
A família do acusado conta uma versão diferente. De acordo com informações prestadas pela sobrinha de Castelo Branco, a assistente social, Meire Carla, a família da vítima nutre uma rixa antiga contra o acusado em decorrência de este ser policial e ter efetuado várias prisões de um irmão do fiscal.