O sargento e o soldado da Polícia da Escola, divisão da Polícia Militar responsável pelo patrulhamento de ocorrências nas escolas, teriam mostrado despreparo na abordagem ao subtenente do Exército Brasileiro, Luiz Carlos da Silveira Vilhena.
A dupla foi acionada pela direção da escola para fazer um flagrante de aliciamento promovido pelo subtenente. Ele supostamente mantinha relações sexuais com duas garotas da escola, no horário escolar e as aguardava saírem para irem ao motel.
No entanto, os policiais não esperaram as adolescentes entrarem no carro do acusado. Ao invés disso, eles a abordaram para em seguida ir até o subtenente. Por este procedimento, o subtenente vai responder o processo em liberdade, já que embora as garotas tenham confessado que fizeram sexo por vontade própria, não houve flagrante.
Além desta condição, no boletim de ocorrência, o subtenente é citado apenas no histórico da ocorrência, sendo que o seu nome não aparece no topo do boletim, onde deveria estar.
Estes procedimentos foram interpretados por alguns fun-cionários da escola como medo de retaliações dentro da Polícia Militar por se tratar de um subtenente, que no momento inicial não se sabia se era mesmo do Exército Brasileiro ou da própria Polícia Militar. Outro fator que se especula seria o corporativismo entre as duas forças. Segundo as próprias garotas, o acusado teria feito sexo com pelo menos duas alunas, uma de 15 e outra de 17 anos.
Segundo informações da delegada Márdhia El-Shawwa, coordenadora do Núcleo, o militar vai responder processo em liberdade por exploração se-xual de menores e fornecimento de bebidas al-coólicas para menores de idade, pois nos encontros sexuais que mantinha com as menores em motéis da cidade, segundo relatos das vítimas, eles consumiam bebida alcoólica e mantinham relações sexuais.