Em audiência pública realizada nesta semana na Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, assinalou que os investimentos da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), entre 2011 e 2012, nos 16 aeroportos das cidades-sede da Copa do Mundo de 2014 serão da ordem de R$ 4,614 bilhões.
Presidida pelo 1º vice-presidente da Comissão, deputado Sérgio Petecão (AC), a audiência serviu para que Jobim fizesse uma explanação dos critérios a serem adotados para direcionamento desses recursos e os projetos do governo.
Com previsão de que o Brasil seja obrigado a fazer investimentos da ordem de US$ 5 bilhões para se preparar para o evento, Petecão defende que os investimentos possam benefi-ciar não somente Manaus, no Amazonas, e Cuiabá, no Mato Grosso, estados mais próximos ao Acre, mas todas a Região Norte. “Nosso interesse é que os investimentos que serão direcionados a Manaus e Cuiabá, para a remodelagem de aeroportos e ampliação da infra-estrutura turística, possam ter reflexo em toda a Região, benefi-ciando outros estados também com potencial turístico como o Acre”, defendeu.
As cidades-sede da Copa 2014 são Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Brasília, Fortaleza, Salvador, Recife, Natal, Manaus e Cuiabá. Lembrando que Rio Branco, acompanhada por Florianópolis, Goiânia, Campo Grande e Belém ficaram não foram escolhidas na reta final da escolha das cidades.
Em sua argumentação, Petecão afirma que os estados da Amazônia Legal que sediarão os jogos da Copa 2014 vão atrair turistas do mundo inteiro, interessados em conhecer a Região – que conta com a maior biodiversidade do planeta, a maior selva úmida do mundo e responde por cerca de 20% da água doce da terra.
Uma informação dada pelo ministro Jobim chamou a atenção do deputado Petecão: no período da Copa do Mundo no Brasil – junho e julho de 2014 – espera-se um aumento máximo de 10,3% no movimento dos passageiros de transporte aéreo, o que totaliza cerca de 2 milhões de passageiros. Para superar o déficit de 38% na atual infra-estrutura aeroportuária brasileira, a projeção do Ministério da Defesa é que os investimentos planejados pela Infraero sejão suficientes para atender uma demanda de até 171,8 milhões de passageiros. “Mesmo Rio Branco não sendo uma das cidades-sede da Copa 2014, o Acre não pode estar fora desse grande salto no desenvolvimento regional da Amazônia”, sintetiza Petecão.