O processo de ocupação de Rio Branco ainda vai dar muita dor de cabeça para a atual e as próximas gestões municipais. A cidade cresceu ao longo dos seus 127 anos sem um planejamento necessário para ordenar o seu desenvolvimento.
A maioria dos bairros foi formada por ocupações irregulares e sem nenhum tipo de infra-estrutura básica para os seus moradores. O resultado é o risco constante para as comunidades em áreas expostas as mudanças da natureza. Notadamente às próximas ao Rio Acre e as dezenas de igarapés que cruzam a Capital.
As chuvas recentes de inverno estão deixando os moradores da “Fa-velinha”, próximo ao bairro São Francisco, sem dormir. O risco de desbarran-camentos e deslizamentos de terra é iminente com o efeito do volume das águas do inverno Amazônico. O Governo do Estado e a prefeitura têm tentado remover as famílias que moram nas áreas de vulnerabilidade geográfica e social. O fato é que as forças da natureza não esperam as complicadas liberações das verbas federais.
Outro fator importante são as famí-lias que moram nessas zonas de risco. Muitas vezes são removidas e acabam retornando ao lugar original. Existe um projeto para que isso não ocorra com as transformações dessas regiões em parques e áreas de preservação ambiental. Uma medida sensata.
Esperamos que as ações governamentais associada ao bom senso das comunidades acabem de vez com a situação de centenas de famílias que moram em re-giões expostas às intempéries naturais. E todos possam dormir em paz.