Já se disse e vale repetir: a dengue não é uma indisposição qualquer, uma dor de barriga ou uma simples dor de cabeça. É uma doença grave que deixa seqüelas e o tipo hemorrágica mata. Por isso, a necessidade de intensificar a prevenção e o combate neste estágio em que a doença atingiu níveis alarmantes em Rio Branco.
Como se divulgou ontem neste jornal, com dados oficiais repassados pela Secretaria Municipal de Saúde, a dengue evoluiu para o estágio de epidemia na Capital. E o que é mais grave: com indícios de 16 casos do tipo hemorrágica e um caso de morte confirmado.
Ora, diante de tal quadro, deve continuar sendo a prioridade número um. Tanto para os órgãos de saúde pública como para a sociedade, já que as ações públicas dependem em grande parte da conscientização e cooperação direta e ativa da população.
Por outro lado, não se pode esconder ou escamotear uma realidade que precisa ser mudada a curto e médio prazo. A dengue, como a malária, hepatite e outras doenças endêmicas são indicadores da falta de investimentos em habitações minimamente dignas, em saneamento básico e outras condições básicas. Neste aspecto, portanto, este Estado não é um bom “exemplo”, como se apregoa. Precisa avançar ainda muito.