A se confirmar a ameaça de greve dos agentes penitenciários, quem vai cuidar da segurança dos presídios do Estado? Os presos? Diz-se que a Polícia Militar será acionada, mas esta não é a função da PM, que tem outras obrigações a cumprir.
O fato é que esta questão vem sendo cozinhada em banho-maria há alguns meses e não se resolve. Semana sim, semana não, os agentes apresentam suas reivindicações, fazem piquetes e, agora, por último, estão exigindo inclusive a demissão de diretores do sistema penitenciário.
De sua parte, as autoridades não se manifestam e a corda vai esticando. Até que, de fato, possa convergir para uma paralisação dos agentes, causando graves transtornos ao sistema penitenciário que já vem apresentando graves problemas, como se viu recentemente com a morte ou homicídio de um detento.
O que um lado e outro precisam entender é que desempenham uma função vital no sistema de segurança dos presídios. Não são jardineiros, cozinheiros, copistas. São guardas de segurança e deles dependem a segurança, a tranqüilidade e, em vários aspectos, a reeducação dos detentos.
Qualquer tipo de paralisação ou greve, portanto, pode comprometer todo o sistema, com conseqüências imprevisíveis. O que se tem a fazer é conversar, dialogar, resolver de uma vez por todas essas pendências.