A redução na alíquota da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), de R$ 0,23 para R$ 0,15 por litro de gasolina, anunciada na quarta-feira (3), pelo Governo Federal, não foi suficiente para os donos de alguns postos da Capital segurarem o preço do combustível nas bombas. O objetivo do governo era justamente evitar q ue os valores da gasolina fossem aumentados nesse ano eleitoral.
Na semana passada, o governo tinha anunciado a redução da porcentagem de etanol no combustível. De 25%, a concentração foi para 20%. Com essa medida, o aumento seria inevitável. De R$ 2,91, o preço do litro saltaria, em média, para R$ 2,97. Em alguns postos é possível de encontrar valores de mais de R$ 3,00. Em um deles, de bandeira Ipiranga, o valor da gasolina está registrado em R$ 3,05.
De acordo com Antônio Santana, proprietário do Auto Posto Central, da Shell, que também reajustou os preços, o aumento ocorreu pelo fato de ter comprado combustível das distribuidoras já com os valores novos. Segundo o empresário, tão logo a redução da Cide seja publicada oficialmente pelo governo seu posto irá colocar os preços nos antigos cálculos.
A medida do Governo Federal vale até o final de abril, e representará uma perda de R$ 91 milhões para os cofres públicos. A expectativa é que até abril a entressafra da cana-de-açúcar acabe, e a produção de etanol volte ao normal, levando a antiga proporção de álcool na gasolina voltar ao normal.
A reportagem tentou entrar em contato com Delano Lima, presidente do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Acre, mas o mesmo não foi localizado em seu telefone celular. De acordo com levantamento da ANP (Agência Nacional de Petróleo), a gasolina vendida no Acre é a mais cara do país.