Com uma Central de Abastecimento às vésperas de funcionar, os rio-branquenses podem diminuir seus custos na hora de ir ao mercado comprar legumes, verduras e frutas. Com o mercado do produtor, as negociações entre os pequenos e médios produtores com os comerciantes vão ser feitas sem o intermédio de um “atravessador”. Dessa forma, os produtos chegarão mais em conta à mesa do consumidor.
Na manhã de ontem, o prefeito Raimundo Angelim entregou os 30 primeiros boxes dos comerciantes que vão comprar diretamente em um espaço organizado e higienizado. “Esse é um local ideal para donos de restaurantes, supermercados, hotéis”, diz Angelim.
Com uma área de cinco mil metros quadrados, a Ceasa vai retirar da área próxima ao Mercado Elias Mansour, no Centro, os caminhões carregados de frutas e verduras que chegam diariamente da zona rural.
Além de deixar o trânsito bastante congestionado na região, o local não oferece as condições apropriadas de higiene para o desembarque dos alimentos. Na Ceasa, cada produtor terá uma pedra, o espaço destinado para colocar os hortifrutigranjeiros. Em toda a área existem 130 pedras. “Aqui [na Ceasa] a transferência de mercado vai acontecer em novas condições”, diz o secretário municipal Jorge Fadel (Agricultura).
A Ceasa Rio Branco está localizada em uma área estratégica: próxima à Estrada Transacreana, a principal região produtora da Capital. “O objetivo é fazer com que todo o fluxo de caminhões e ônibus dos produtores estacione aqui”, afirma Fadel. Outro objetivo da prefeitura é construir um porto próximo ao local para que a produção dos ribeirinhos seja descarregada de forma mais prática.
Segundo o secretário, além da facilidade de logística o porto evitará de os ribeirinhos serem abordados pelos “atravessadores”. “O produtor vai chegar, colocar sua produção na Ceasa e terá um ambiente de mercado onde as condições de preço e quantidade estarão bem claras”, explica Fadel. Mais animado com o projeto, o prefeito Angelim quer transformar o local em um verdadeiro ambiente de negócios.
O objetivo, diz, é levar caixas eletrônicos, casas lotéricas, lanchonetes e outros serviços de utilidade pública. O prefeito ressalta a necessidade Rio Branco, como uma Capital de Estado, ter sua central de abastecimento para retirar a atual balburdia da área nas cercanias do Mercado Elias Mansour. “Na Ceasa o produtor terá uma renda muito melhor”.
Sobre a construção de um porto próximo à Ceasa, Angelim diz que, atualmente, a prefeitura não dispõe de recursos suficientes para as obras. “O que posso assegurar é que nós iremos elaborar o projeto, irmos a Brasília e lutarmos pela verba”. Enquanto isso não acontece, a solução encontrada é desembarcar toda a produção ribeirinha no porto da Cadeia Velha e de lá, com a logística oferecida pela prefeitura, a mesma ser levada para a Ceasa.