Por conta de uma decisão do Governo Federal para controlar os problemas na produção nacional de cana-de-açucar, o preço do combustível sofrerá um reajuste em todo o Brasil, incluindo o Acre, a partir desta primeira semana de fevereiro. A alta será entre 3 a 4% para a gasolina e variará de 9,5 a 15,5% para o álcool. Como o preço da gasolina custa hoje no Estado cerca de R$ 2,87 a 2,90, o aumento representará uma faixa de 7 a 13 centavos neste grupo. Já o álcool passará da variável de R$ 2,25-2,27 para a de R$ 2,65-2,67, ou seja, encarecerá entre 33 a 35 centavos.
A resolução nacional (e, conseqüentemente, a alta no preço) entrou em vigor a partir de 1ª de fevereiro e tem um prazo de 90 dias, isto é, terminará no dia 1º de maio.
De acordo com Dellano Lima e Silva, presidente do Sindicato dos Postos de Combustíveis do Acre (Sindepac), esta determinação do Governo implica a redução do percentual de etanol na gasolina de 25% para 20%. Assim, com menos etanol (insumo mais barato) e mais gasolina (insumo mais caro), a subida de 3 a 4% no valor da fórmula final de gasolina tornou-se inevitável. Com o álcool (ou etanol), a elevação é maior porque são as lavouras produtivas da matéria-prima básica (cana-de-açucar) deste grupo que passam por dificuldades no Sudeste e Centro-oeste.
“Com o aumento das chuvas nestas regiões, as plantações de cana foram muito prejudicadas. O mercado ficou realmente carente de cana e aí a tendência foi a alta para o preço do etanol. Por isso, o Governo Federal tomou tal providência. Desde o dia 1º as distribuidoras estão aplicando esses valores para os postos aqui do Acre e, infelizmente, teremos de repassá-los ao bolso do nosso consumidor. Alguns postos que possuem uma reserva ainda maior ficarão com valores antigos por enquanto, mas quando este estoque acabar eles também passarão a usar as novas cifras com o aumento”, explicou Dellano.
O presidente do Sindepac também opinou que a determinação do Governo não é a melhor ação a ser tomada diante desta problemática com a cana-de-açucar. Para ele, o que deveria ter sido feito para contornar a situação sem mexer tanto no bolso do consumidor seria rever as cargas tributárias que são dispostas sobre os combustíveis.