A notícia de que um policial militar espancou a própria mãe é preocupante. No momento em que o Estado tem feito investimentos para a melhoria das condições de trabalho dos policiais o fato merece uma reflexão. Um soldado que lida com o público, inclusive, em situações extremas, não pode ter uma atitude descontrolada dentro da sua própria família. Isso denota uma fragilidade psico-emocional que precisa do auxílio de técnicos urgente.
O fato é apenas a ponta de um iceberg. Recentemente o descontrole no exercício da atividade policial custou a vida de dois jovens. Vários casos de suicídio entre policiais militares e civis foram registrados nos últimos anos. O número de separação conjugal e de desagregação familiar também é grande, segundo denúncia dos próprios policiais. É uma profissão de risco e, por isso, muito estressante.
Os gestores da Segurança Pública precisam tomar medidas imediatas para garantir a saúde física e mental dos nossos policiais. Eles são os primeiros responsáveis pelo bom funcio-namento de todo o aparato de Segurança no Acre.
O auxílio de psicólogos, terapeutas e assistentes sociais deve ser uma constante para monitorar a situação emocional do efetivo policial. Se isso não acontecer às vítimas poderão ser os próprios cidadãos e cidadãs que pagam seus impostos e querem a tranqüilidade necessária para trabalhar, produzir e viver com segurança.