Até há poucos anos, a apreensão de um quilo de cocaína ou alguns de seus derivados era manchete principal dos jornais da Capital. Atualmente, a apreensão de 20, 30, 50 quilos já não é mais. Só se a droga estiver escondida no pedestal de uma imagem de santa.
Este é apenas um exemplo. Outro exemplo é o de que a quantidade é tanta que as apreensões efetuadas em apenas um mês já ultrapassam de longe o volume apreendido durante um ano inteiro.
Essas são apenas duas amostras da gravidade que o consumo e, sobretudo, o tráfico de drogas vem assumindo neste Estado. O que leva a crer que o Acre começa a despontar não só como um ‘corredor’ para o narcotráfico, mas também como um entreposto para abastecer o consumo local e a crimina-lidade. Basta ir aos presídios e fazer um levantamento do número de detentos envolvidos no tráfico.
A despeito de algumas ações educativas que já vêm sendo feitas pelo poder público e o trabalho de repreensão das polícias, o problema é sério, é grave.
Como tal precisa ser enfrentado. Lembrando sempre que no rastro do narcotráfico vem tudo o que não presta: a formação de bandos ou quadrilhas, os assaltos, os roubos de veículos, a desestruturação fami-liar, a prostituição.