O que se ouve, com freqüência, de representantes dos partidos de oposição no Estado são queixumes de que não têm espaço na mídia, mas também não fazem por merecer. Às vésperas de mais uma campanha eleitoral, o que tem prevalecido são interesses particulares e imediatistas das lideranças desses partidos, como se viu ainda ontem em matéria publicada neste jornal.
Enquanto os partidos que compõem a frente que está no poder já estão com seus principais candidatos definidos, as oposições não se entendem, não têm um projeto comum para se contrapor ao que está em vigor. A julgar pelo que se está observando, vão amargar outra derrota nas urnas.
Além de princípios ideológicos, partidos políticos, aqui e em qualquer país democrático, precisam ter um mínimo de disciplina para viabilizar seus projetos, seus objetivos e participar de eleições. Sem esses pré-requisitos fica difícil chegar a algum lugar, a obter resultados, a convencer a sociedade de que têm uma alternativa melhor.
Consequentemente, na ausência de um projeto claro, objetivo de governo, de um mínimo de disciplina, de organização, a sociedade acaba optando por quem se apresenta com esses pressupostos. É assim que funciona na política e em qualquer outra instância.