Dados divulgados durante o “3º Seminário de Saúde do Sesi – A indústria preservando a vida” dão conta de que o Acre é o 6º Estado brasileiro em número de fumantes e Rio Branco é a 1ª capital com maior índice de usuários do sexo feminino. A informação dada pela enfermeira Priscila Miranda, do SesiSaúde, alarmou o público presente no auditório da Casa da Indústria. “Sempre nos deparamos com industriários que sofrem algum tipo de problema ocasionado pelo uso do cigarro, bebida alcoólica ou drogas ilícitas quando fazemos visitas às empresas. Por isso, tivemos várias solicitações para realizar palestras sobre esse tema”, informou.
A última terça-feira, 20, foi inteira reservada pelo SesiSaúde para vacinar a população contra diversas enfermidades, entre elas a H1N1 (gripe suína), dar dicas de alimentação, aferir pressão arterial, taxa de glicose, finalizando com uma massagem relaxante. A 3ª Feira de Saúde do Sesi serviu como gancho para o 3º Seminário de Saúde, que aconteceu à noite.
Ambos os eventos atraíram um grande público. Primeiro, em busca dos serviços oferecidos na Feira, depois, no Seminário, para ouvir relatos e palestras preventivas sobre alcoolismo, tabagismo e drogas ilícitas. Sob o tema “Quem dá valor à vida não fuma, não bebe e não usa drogas ilícitas”, o seminário mostrou relatos de pessoas que enfrentaram o alcoolismo e o mundo das drogas, além de palestras preventivas com a enfermeira do SesiSaúde, Priscila Miranda, e o agente da Polícia Federal, Edem Barros Mota.
O objetivo era sensibilizar e alertar os trabalhadores da indústria sobre a importância de uma boa manutenção da saúde, evitando o consumo de produtos nocivos. “Espero que todos aqui aproveitem este momento, que é de grande importância não só para a nossa vida particular, mas também para nossa vida profissional. Ouviremos relatos de pessoas que precisaram perder tudo, emprego e família, para poder se libertar de seus vícios”, afirmou Jorge Luiz Vila Nova, superintendente do Sesi-AC em exercício, durante a abertura do evento.
IMPORTÂNCIA DA PREVENÇÃO – “Aceitei o convite para dar meu depoimento porque sou vítima de alcoolismo e tenho essa experiência para passar. O alcoolismo é considerado a terceira doença que mais mata no mundo”, revelou Benedito, tesoureiro e membro dos Alcoólicos Anônimos (AA) em Rio Branco, que ministrou palestra sobre as implicações do alcoolismo no ambiente de trabalho. “Tenho consciência do prejuízo que causei às empresas onde trabalhei. Quando eu era demitido por justa causa, achava que era perseguição do meu chefe. Tentei de tudo para parar, igreja católica, evangélica, candomblé, mas só consegui mesmo quando conheci o AA. Hoje estou há 24 anos sem beber”, declarou. (Ascom Fieac)