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Empresária Íris Tavares quer ser uma deputada contra a discriminação

A empresária Íris Tavares (PCdoB), candidata a deputada estadual, resolveu levantar a bandeira a favor da comunidade LGBT acreana. A empresária acredita que a discriminação contra os gays e lésbicas é um atraso em relação às liberdades civis. “Os homossexuais são criativos e atuam com eficiência na área da moda e da arte”, afirmou. Íris quer a garantia de emprego e oportunidades, sem nenhum tipo de preconceito às pessoas que têm opções se-xuais diferente da maioria.

Íris explicou que sempre teve muito em contato com as pessoas das comunidades homossexuais. “Considero talentos puros na arte e na moda. A Parada Gay de São Paulo é o segundo maior evento brasileiro que traz um enorme retorno financeiro para o turismo, as lojas, aos hotéis e aos restaurantes. É um público de grande bom gosto. Não tem como essas pessoas serem excluídas ou ficarem longe do mercado de trabalho. Os GLBTS são pessoas como quaisquer outras”, defendeu.

Indagada sobre o projeto que foi retirado da Aleac que criava uma data contra a homofobia, Íris se posicionou: “acho que não tem que ter um dia. Não tem que ter uma data, mas todos os dias são os mesmos quando a gente está abraçando uma causa como a dos homossexuais. Gosto de estar junto profissionalmente com os homossexuais e acho que a gente também tem que abrir espaços de trabalhos para os deficientes físicos. Eles precisam estar dentro das empresas para produzir”, salientou.

Mais inclusão social e profissional
A candidata pretende aproveitar a sua experiência como empresária bem-sucedida para criar leis de incentivo fiscal às empresas que dêem oportunidades aos gays, deficientes e mulheres da terceira idade. “O meu sonho de ser deputada é trabalhar para gerar oportunidades de trabalho, de negócios e de capacitação profissional para as pessoas em geral. Mas como os homossexuais se sentem um pouco excluídos merecem uma atenção especial. Sempre abracei essa causa. Estando na Aleac com certeza poderemos buscar soluções aos anseios dessa comunidade para superar dificuldades como a violência contra os homossexuais. Além disso, existem empresas que ainda discriminam”, argumentou.

A própria empresária já tem homossexuais trabalhando nas suas empresas. “Mas agora pretendo contratar também deficientes físicos. Quero motivá-los e fazer um movimento para que outras empresas também contratem. Quero abrir oportunidade de trabalho para a terceira idade. As mulheres com 50 anos eram ditas como de terceira idade. Estou quase com 50 e me sentindo na flor da idade. Têm mulheres ativas que precisam se envolver com empreendedorismo e produção. Meu projeto é levar muito núcleos de capacitação que possam motivar a dona-de-casa que está nos bairros a também produzir em casa e criar mecanismos para que o mercado consumidor seja dentro da própria comunidade. Qualquer político poderia levantar essa bandeira com ótimos resultados”, explicou. 

O caminho do empreendedorismo
Íris argumenta que apesar de vários programas sociais os jovens ainda estão excluídos profissionalmente. “Co-mo comecei muito cedo não vi isso prejudicar em nada na minha vida. A gente precisa fazer um projeto para aproveitar o talento desses jovens. Lembro da minha garra com 14 anos que era infinita. Comecei vendendo na sacola. Quando fui aumentando as portas das lojas fui tendo a necessidade de me reciclar e aprender a cuidar de todas as áreas de uma empresa. Fiz faculdade e MBA. A minha linha de atuação será de criar vários núcleos de capacitação profissional porque é o motor que motiva as pessoas a não desistirem. As empresas às vezes fecham por falta do empreendedor não ir buscar capacitação e desistir do sonho. As empresas devem ser incentivadas para capacitarem os seus funcioná-rios. A falta de mão-de-obra qualificada impede o crescimento de algumas empresas. Tem que haver incentivo fiscal e financeiro para podermos ter várias empresas-escolas”, finalizou.

Categories: POLÍTICA
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