O que dizer da atitude desse auditor da Receita Federal que barrou anteontem em Brasiléia uma comitiva de autoridades bolivianas que viria a Rio Branco fazer uma visita oficial ao governador do Estado, Tião Viana? Despreparo e ignorância é o mínimo que se pode dizer.
Alegando motivos que, a rigor, nem seriam de sua alçada, esse cidadão simplesmente ignorou todos os esforços de intercâmbio e cooperação nos mais diversos setores que se vêm fazendo há anos entre os três países fronteiriços – Brasil, Bolívia e Peru.
Não sabe ele que com sua atitude destrambelhada pode ter criado um problema diplomático ou, no mínimo, constrangimentos inoportunos e desnecessários, de conseqüências imprevisíveis.
Aliás, mais do que ninguém, ele deveria saber que acreanos e mesmo brasileiros de outros estados transitam sem nenhum problema, a não ser os previstos pela legislação, entre os dois países para fazer compras ou a passeio no país vizinho. Por que envenenar esse bom relacionamento que se vem construindo há anos?
A sociedade espera e exige que as autoridades maiores da Receita Federal corrijam essa postura açodada e se juntem aos esforços de cooperação que se vêm fazendo.