Mais do que motivo para elogios ou bajulação barata, a notícia de que teria havido uma queda de 80% nos casos de dengue na Capital serve para corroborar uma assertiva: que quando há determinação política para se resolver um problema com a participação da comunidade sempre se obtém bons resultados.
De uma situação de epidemia em que a doença havia chegado, sobretudo, na Capital, com índices alarmantes de casos, inclusive de mortes pelo tipo hemorrágica, unidades de Saúde superlotadas, em poucos meses, com um grande mutirão, o poder público fazendo a sua parte e a comunidade a sua, reverteu-se o quadro.
De outra parte, essa reversão serve para mostrar também que quando o poder público não elege como prioritárias suas obrigações constitucionais, como a Saúde e Segurança Públicas, preocupando-se em erigir obras, mesmo que imponentes, mas sem utilidade, os problemas se agravam e a situação foge do controle. No caso da dengue e outras doenças ao estágio de epidemias ou pandemias.
O que se tem a fazer daqui por diante é aprender a lição, prosseguir com as medidas de prevenção visando a erradicação da doença, para que no próximo “inverno” não se repita a tragédia.