Embora repentina, a cheia do Rio Acre mostra mais uma vez o óbvio: a inviabilidade de alguns bairros ou ocupações desordenadas de famílias às suas margens, obrigando os órgãos públicos a socorrê-las.
A história tem mostrado que investir nessas áreas sujeitas à alagações ou permitir que moradores voltem a ocupá-las mesmo depois de já terem sido retirados em outras enchentes não é uma boa política de ordenamento da cidade. A rigor, é desperdiçar dinheiro público, que poderia ser melhor empregado na formação de outros bairros em áreas mais elevadas, como se fez no passado.
Neste aspecto, a prefeitura e outros órgãos públicos precisam ser mais atentos e rigorosos. Não se entende, por exemplo, como áreas já desativadas e condenadas, como o antigo Papoco e Preventório, voltaram a ser ocupadas por dezenas, centenas de famílias.
Qualquer especialista ou mesmo pessoa de bom senso sabe que essas casas estão em cima de barrancos, de solos movediços e podem desabar com as cheias e vazantes dos rios e igarapés. Insistir ou permitir sua ocupação é um erro. Até mesmo irresponsabilidade.