9 de maio de 2025
Jornal A Gazeta do Acre

GAZETA 93,3FM Ouça agora

Sem resultados
View All Result
  • Capa
  • Últimas Notícias
  • POLICIA
  • Geral
  • POLÍTICA
  • Colunas & Artigos
    • Roberta D’Albuquerque
    • O prazer é todo meu
    • Marcela Mastrangelo
    • Beth Passos
  • Social
    • Márcia Abreu
    • Giuliana Evangelista
    • Beth News
    • Jackie Pinheiro
    • Roberta Lima
    • Gazeta Estilo
  • Publicações Legais
    • Publicações Legais
    • Comunicados
    • Avisos
    • Editais
Jornal A Gazeta do Acre

GAZETA 93,3FM Ouça agora

9 de maio de 2025
Sem resultados
View All Result
Jornal A Gazeta do Acre
Sem resultados
View All Result

Quando se corta uma árvore corta-se a árvore do rio

A Gazeta do Acre por A Gazeta do Acre
21/09/2011 - 04:35
Manda no zap!CompartilharTuitar

“Os indicadores sinalizam para a sociedade acreana que o Rio Acre está pelo fio e que nossa existência vai depender muito da disponibilidade de novas fontes de energia e pesquisa científica para enfrentar epidemias, apoplexia e garantir a integridade da população.” Claudemir Mesquita

Garantir o Gerenciamento dos recursos hídricos de forma satisfatória no Vale do Acre para os próximos 15 anos é sem dúvida o desafio dos governos, considerando que o índice de assoreamento (arraste de terra, a fuligem das queimadas associados aos resíduos da indústria madeireira), para o rio é muito altivo e altera substancialmente a qualidade da água. Com isto o custo financeiro do tratamento e a manutenção do sistema se elevam em pelo menos 60% durante o período chuvoso na região.

Na estiagem o problema é armazenar água em quantidade em reservatórios de fundo lêntico ou lótico, uma vez que o Rio Acre e seus afluentes já sinalizam claramente com a possibilidade de interromper seu ciclo de perenidade.

Se em condições normais o abastecimento não é satisfatório em função de outros problemas (vazamento na rede, interrupção de energia e a pane de equipamento, somando aos problemas hidrológicos, meteorológicos e  antrópicos, torna-se constante o consumo de água muitas vezes fora do padrão estimado pela OMS e longos intervalos, em alguns municípios até dias a espera do líquido precioso.

Recentemente foi promulgada a Lei 2.442 de 04 de agosto de 2011 como o “Dia do Rio Acre”, data sugerida pela Associação Amigos do Rio Acre e instituída pela Assembleia Legislativa para alertar a população da necessidade de proteger e preservar o Rio Acre e seus afluentes.

Como se sabe, no mundo 3 bilhões de pessoas não tem acesso a água potável e a tendência é aumentar esse contingente, na medida em que as cidades crescem se urbanizando às margens dos rios e mais Igarapés são contaminados por lixo e esgoto domiciliar e industrial.

A água, insumo fundamental para manter a vida do ser humano e dos mais variados ecossistemas, depende essencialmente da floresta para proteger os rios. A Mata Ciliar que se estabeleceu às margens dos rios, essa propicia a filtragem da impureza das águas das chuvas para os rios e o sistema radicular das garante a coesão da terra e evita o desbarrancamento nas margens ou encostas dos rios.

 A floresta viva, além de preservar a flora regional, contribui para evitar o desaparecimento de espécie florestal ameaçada de extinção. É importante utilizar este recurso ambiental, com inteligência, evitando assim, o desaparecimento de algumas espécies nativas da floresta Amazônica.

RECEBA NOTÍCIAS NO CELULAR

Contudo, as mudanças climáticas que transformam ambientes sensíveis em cenários de alta vulnerabilidade, aportaram na região e trouxeram doses muito altas de preocupação. Pouco sabemos sobre mudanças climáticas. O que sabemos, talvez não seja maior que uma gota, mas o que ignoramos é maior do que um oceano.

Ouso descrever apenas as manifestações, não somente pela ação das queimadas que assola a região, a emissão de gás carbônico; ou pela fumaça, mas essencialmente, o corte das florestas, para acender o estopim da vulnerabilidade climática.   Toda via, quando se corta uma árvore na bacia do Rio Acre, o dano para a água é incomensurável.

Imaginem o corte em centenas de hectares de floresta!  Essa ação tem efeito imediatamente nos baixos níveis do rio, ao tempo, a sensação de insolvência do nosso patrimônio. O desmatamento desencadeia no meio ambiente uma seqüência de processos danosos que vão atingir não somente a mãe terra, mas todos que nela vivem e tira seu sustento.

Vou buscar na economia, talvez, a melhor explicação para conceituar mudanças climáticas  “na década de 90 a agricultura Brasileira vinha perdendo produtividade e mercado, 15% dos produtos agrícolas apresentavam inanição ou doenças. Entre outros, os produtos mais afetados foram: o cacau e a laranja. Esses sintomas já se configuravam no cenário produtivo como efeito das mudanças climáticas e as soluções vieram com a produção de alimentos modificados ou resistentes ao clima.

Na região Amazônica os sintomas das mudanças climáticas se manifestaram em primeiro lugar, afetando os ecossistemas mais frágeis: rios, lagos e Igarapés. Quando eles sinalizaram para a escassez, é que fomos  despertar para o tamanho da nossa imprudência.  

Por serem os rios veios abertos criados por Deus para semear e ensinar os homens o verdadeiro caminho da sustentabilidade, não deveriam  padecer no abandono da história. Reporto-me também as referencias naturais para não esquecer que os fenômenos geológicos e geomorfológicos sempre estiveram presentes em registro, desde os primórdios da humanidade tecendo o tempo dos homens á sua época e atitudes.

O Rio Acre, por ser o mais belo de todos os rios, não é apenas a soma das partes de um ecossistema atingido pelas mudanças ambientais e antrópicas, ele é um todo integrado. A mesa da solidariedade, da fraternidade e do amor. 

Oferece-nos o alimento e a riqueza, sem perspectiva de recompensa, sem exigência, sem mostrar-se, sem exibir superioridade e sem atributos de reconhecimento. Diz-nos o Mestre com clareza, como podemos descobrir a beleza das flores e o caminho do futuro sem a seiva dos rios?

Entendo que existe diversidade de dons de vaidades e ganâncias na terra, que chega distorcer o caminho da racionalidade, mas o rio, não deveria sofrer influência da ganância humana. Deveria ser o mesmo para todas as gerações. Infelizmente não é esta a realidade. Assim mesmo, ele não se dá por vencido, acolhe os detritos no próprio seio e continua fluir, transformando em benção, o curso de suas águas com brandura e humildade, em benefício de todos.

FOTO-PRO-ARTIGO-3Portanto, se o contaminamos, estamos contaminando nós mesmos, e se não cuidarmos em quanto há tempo, amanhã seremos responsabilizados e depois! Depois, vêm à escassez, o sofrimento, a dor e a solidão. Ainda assim, se ninguém se manifestar em seu favor, suas águas convergirão para a obra do refazimento. Do seu perene leito erguer-se-á a chama da bravura sem manifestar sinais de desânimo ou cansaços.

Será eternamente à plataforma viva da divina lavoura e da caridade a serviço dos homens. Por tudo isso, o rio deveria ser cuidado como um fino cristal e nunca escondido atrás das lentes escuras do olhar da sociedade e do poder público.

Os indicadores sinalizam para a sociedade acreana que o rio Acre está pelo fio e que nossa existência vai depender muito da disponibilidade de novas fontes de energia e pesquisa científica para enfrentar epidemias, apoplexia e garantir a integridade da população.  Precisamos entender que a riqueza momentânea de poucos, compromete a vida de todos.

*Claudemir Mesquita é geógrafo e especialista em planejamento e uso de bacias hidrográficas.

 

Compartilhe:

  • WhatsApp
  • Publicar
  • Threads
  • Telegram
  • E-mail

Siga 'A Gazeta do Acre' nas redes sociais

  • Canal do Whatsapp
  • X (ex-Twitter)
  • Instagram
  • Facebook
  • TikTok



Anterior

Defensoria realiza semana de atendimento jurídico no FOC

Próxima Notícia

Droga na escola

Mais Notícias

Como cortar gastos desnecessários mesmo na pandemia? Veja 10 passos
Destaques Cotidiano

Como cortar gastos desnecessários mesmo na pandemia? Veja 10 passos

10/07/2020
Plano de saúde não pode negar tratamento prescrito por médico e deve cobrir teste de Covid
Destaques Cotidiano

Plano de saúde não pode negar tratamento prescrito por médico e deve cobrir teste de Covid

30/06/2020
ARTIGO – O pacto da quarentena
Destaques Cotidiano

ARTIGO – O pacto da quarentena

29/06/2020
ARTIGO: Como é conviver com a Covid-19
Espaço do leitor

ARTIGO: Como é conviver com a Covid-19

26/06/2020
ARTIGO – Coronavírus nas comunidades: a realidade dura de muitos brasileiros
Destaques Cotidiano

ARTIGO – Coronavírus nas comunidades: a realidade dura de muitos brasileiros

23/06/2020
ARTIGO – Paulo Freire: Educação libertadora
Destaques Cotidiano

ARTIGO – Paulo Freire: Educação libertadora

23/06/2020
Mais notícias
Próxima Notícia

Droga na escola

Polícias Militar e Civil prendem a mãe da família de traficante

Jornal A Gazeta do Acre

© 2022 - Todos os direitos reservados. A Gazeta do Acre

  • Expediente
  • Fale Conosco

Sem resultados
View All Result
  • Capa
  • Últimas Notícias
  • Polícia
  • Geral
  • Política
  • Colunistas & Artigos
    • Roberta D’Albuquerque
    • O prazer é todo meu
    • Marcela Mastrangelo
    • Beth Passos
  • Social
    • Márcia Abreu
    • Giuliana Evangelista
    • Beth News
    • Jackie Pinheiro
    • Roberta Lima
    • Gazeta Estilo
  • Publicações Legais
    • Publicações Legais
    • Comunicados
    • Avisos
    • Editais
  • Receba Notícias no celular
  • Expediente
  • Fale Conosco

© 2022 - Todos os direitos reservados. A Gazeta do Acre